A Federação de Andebol de Portugal (FAP) emitiu hoje uma nota em que confirma a realização no sábado, no Pavilhão Flávio Sá Leite, em Braga, do jogo decisivo da final do 'play-off' entre o ABC e o Benfica.

A federação coloca assim um ponto final em torno da marcação da ‘negra’, que esteve inicialmente agendada para quarta-feira, em Braga, mas que, devido à polémica instalada em torno dos bilhetes, levou a ser remarcada.

A FPA alerta ainda para o facto de este ser um jogo de “risco elevado” e que envolve “uma situação de carácter excecional”, em que a direção procurou “fazer cumprir com a sua obrigação de dirigir, organizar e controlar, a nível nacional a prática do andebol”.

O organismo apelou ainda à Polícia de Segurança Pública (PSP) de Braga, no âmbito das suas competências, que faça respeitar “as questões de segurança, lotação do recinto e condições de acesso, incluindo os lugares dos adeptos do clube adversário e elementos da comitiva deste”.

O ABC, de acordo com uma nota divulgada anteriormente pela da federação, não tinha disponibilizado ao Benfica para o quinto e decisivo jogo da final os 15 por cento de bilhetes que este tinha requisitado e que, de acordo com os regulamentos, tinha direito.

A direção bracarense, por seu lado, justificou o facto com o argumento de que os ingressos não tinham sido solicitados dentro do prazo estipulado pelos regulamentos e que a lotação do Pavilhão Flávio Sá Leite já se encontrava esgotados.

A FAP, depois de diversos contactos para tentar resolver a situação, decidiu adiar a partida para sábado, mantendo na mesma o pavilhão Flávio Sá Leite, em Braga, desde que os bracarenses enviassem até hoje os ingressos ao Benfica.

A Direção federativa decidiu ainda que, caso o ABC mantivesse a posição de não enviar os 15 por cento da lotação do recinto aos 'encarnados', realizaria o jogo no Pavilhão das Travessa, em São João da Madeira, pelas 21:30 de sábado.

Esta polémica situação levou o presidente do ABC, João Luís Nogueira, a afirmar na quarta-feira à agência Lusa que esta decisão da federação era “anormal e anacrónica” e que, não sabendo a que título, tinha sido tomada para beneficiar o Benfica.