Fumaça irritante, arremessos de objetos contundentes e interrupção de jogo, marcou sábado, em Sousse, a revalidação do título continental, pelo 1º de Agosto, na final da 28ª edição da Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol, disputado no Salle Olympique, na Tunísia.

Em quadra, estava o representante angolano e detentor do troféu, tendo como opositor, a formação local do ESS da Tunísia, que perdeu por 68-61.

Pautado pelo equilíbrio, no primeiro quarto, o resultado registava uma igualdade de 14 pontos.

Em função de mais controlo de bola e penetrações por baixo do cesto, no intervalo maior, os comandados do treinador Paulo Macedo, detinham a vantagem de seis pontos (29-23).

A situação, fruto de jogadas assentadas numa maior determinação dos agostinos, leva a visível preocupação do banco caseiro, bem como atitudes reprováveis da equipa técnica e mesmo certos adeptos.

Assim, estavam relançadas as intenções dos campeões que entram para o terceiro período com o placar electrónico ao seu favor de 52-40.

Nas bancadas, os cânticos e barulho ensurdecedor começaM a esmoronar-se, numa clara demonstração de conformismo.                

Já no quarto e último tempo, tal como moribundo recuperado, o ESS da Tunísia, depois de um esforço titânico, quase que iguala o marcador, para o gaudio da sua assistência, que começa acender algumas tochas vermelhas em plena bancada.

Com isso, o fumo se espalha e pavilhão fica completamente com a visibilidade deficiente, que obrigou o trio de arbitragem a interromper a partida por alguns minutos.

A partir daí, o base Cedric Ison, que já havia feito uma exibição irrepreensível noutros momentos, passa a comandar as acções dos militares, com lançamentos de longas distâncias, que deixa sem solução o adversário.

Em função disso, o pânico e o desespero toma conta da formação caseira incluindo a torcida vermelha e branca, que passa a arremessar para o tapete de jogo tudo que tinham em mão.            

Apesar disso, estava feita a história do jogo, que dava a revalidação do título, para o 1º de Agosto, que na prova teve apenas uma derrota diante do Kano Pillars da Nigéria, por escassos três pontos (73-75), na fase regular.

Quanto ao outro representante do país, o Recreativo do Libolo, depois de não ter conseguido o passe para a final, ocupou a terceira posição da prova, ao vencer o Sporting de Alexandria do Egipto, por 79-70.

Os clubes angolanos dominaram também nos prémios individuais.  Cedri Ison do 1.º de Agosto foi considerado MVP do torneio, Moses Sonco, do Recreativo do Libolo, também de Angola, foi o melhor ressaltador.  

Para o cinco ideal, numa escolha dos profissionais da comunicação e outras personalidades, constam os nomes de Cedric Ison e Joaquim Gomes Kikas (1º de Agosto/Angola), Eduardo Mingas (Libolo/Angola), Bridgewater kevin (ESS/ Tunísia) e Braa Handi (S. Alexandria/Egipto).