Os campeões de África e América, Angola e México, defrontam-se terça-feira às 12h30 na terceira jornada do Campeonato do Mundo de basquetebol sénior masculino, num jogo com “cheiro” de final, uma vez que o resultado pode definir o futuro de ambas na prova.

A precisar de apenas uma vitória para garantir a qualificação para segunda fase, os campeões africanos estão cientes de que se trata de um jogo de tudo ou nada, uma vez que dos três adversários que faltam enfrentar os mexicanos são os mais acessíveis, ao contrário da Eslovénia e Austrália.

Sendo assim, o selecionador angolano Paulo Macedo terá de analisar à “lupa” os dois jogos já disputados para corrigir os erros e aperfeiçoar alguns aspetos, particularmente em termos defensivos. Neste capítulo, Angola apresentou melhorias diante da Lituânia, comparativamente à primeira jornada. No entanto ainda falta profundidade e consistência, pormenores que poderão ser corrigidos antes do desafio.

Se antes do início da prova as duas seleções não se conheciam agora é o contrário; os dois técnicos, depois de duas jornadas, têm as informações necessárias sobre cada uma delas, para preparar os seus respetivos conjuntos neste derradeiro “combate”, a ser disputado no pavilhão Arena de Gran Canaria.

Angola leva uma pequena vantagem neste confronto, por se tratar de um conjunto habituado a provas do género, com jogadores mais experientes e carrega menos pressão que o adversário fruto da vitória alcançada na primeira jornada, diante da Coreia, por 80-69, ao passo que o seu adversário averbou duas derrotas em igual número de encontros.

No ranking da FIBA as duas equipas estão separadas por nove lugares, com superioridade dos angolanos, que ocupam o 15º posto, contra o 24º do seu opositor.

Na prova, a principal semelhança entre as duas seleções é o facto de ambas terem perdido diante da Lituânia, cabeça de série do grupo D, pela mesma diferença pontual (13 pontos). Tanto mexicanos como angolanos conseguiram equilibrar o jogo com os lituanos até ao terceiro quarto, mas perderam no pormenor e na consistência dos europeus.

No entanto, há mais semelhanças entre angolanos e mexicanos, que em dois jogos marcaram cada 142 pontos, mas os americanos perdem pelo facto de sofrerem 176, contra 144 dos africanos.