Com uma segunda parte de luxo, depois de perder a primeira por 27-38, o 1º de Agosto venceu hoje, sábado, no pavilhão multiuso do Kilamba, o Petro de Luanda por 19 pontos de diferença (74-55), na terceira jornada da Taça de África dos Clubes Campeões.

Os “militares” proporcionaram um autêntico espectáculo defensivo na segunda parte, com uma defesa a homem em todo campo, deixando sem soluções ofensivas um adversário que se apresentou limitado taticamente e dependente de Emmanuel Quezadas.

Sem o mesmo fulgor que na etapa inicial, os “tricolores” foram humilhados nos dois últimos quartos, perdendo por 24-12 e 23-05 respetivamente, margens surpreendentes, tendo em conta o nível do seu plantel.

Já sem o mesmo Quezadas dos primeiros períodos, onde apontou um total de 11 pontos, o conjunto orientado por Lazare Adingono encontrou muitas dificuldades para travar a motivação do adversário, que pareceu ter encontrado o antídoto para as boas exibições.

Na ponta final, com resultado garantido, o 1º de Agosto optou por espetáculo ofensivo, com várias combinações, entre Jone Pedro e Armando Costa, a terminarem em afundanços.

“Com o Petro tudo pode ser diferente, por causa da rivalidade existente entre as duas equipas”, disse o poste “militar” Felizardo Ambrósio, no final do jogo frente aos As Far de Marrocos, em que venceram por 54-41.

Foi o que aconteceu, a rivalidade falou mais alto e a formação mais titulada de África apresentou uma imagem diferente dos encontros anteriores. No entanto, paira a dúvida se a equipa entrou mesmo nos eixos. Com este resultado o 1º de Agosto soma seis pontos na liderança do grupo A, mais três que o Petro de Luanda na terceira posição. Com 18 pontos, Quezadas foi o melhor marcador da partida e Tariq Kirksay o melhor ressaltador com nove.

O Petro foi superior na primeira parte e justamente foi para o intervalo vencendo por 38-27. Nesta etapa do encontro, o poste “petrolífero” Jason Cain posicionava-se fora da área restritiva, retirando poder de fogo no jogo interior da sua equipa, mas criando oportunidades de lançamento para os seus colegas, com bloqueios, e abrindo caminho para as penetrações.

Estrategicamente surtiu efeito, porque as movimentações ofensivas do conjunto “tricolor” tornavam maleável o sistema defensivo “militar”.

Com 11 pontos cada, Quezadas e Bonifácio destacavam-se no Petro de Luanda, enquanto que Cedric Ison tentava “remar contra maré” na formação “rubro-negra”, que mais uma vez não conseguiu passar da casa dos 20 pontos nos dois períodos iniciais.

No entanto, na segunda parte o 1º de Agosto “transfigurou-se” defensivamente, superiorizando-se taticamente, anulando completamente o adversário.