O colombiano Rigoberto Urán, vice-campeão olímpico de Londres2012, quer que a sua medalha e a sua presença numa das maiores equipas do pelotão, a Sky, ajudem a promover o ciclismo no seu país.

Pela primeira vez em Portugal, e mais especificamente na Volta ao Algarve, Rigoberto Urán não quis antecipar uma eventual candidatura à vitória na geral individual, garantindo que está na prova portuguesa para desfrutar, mas não descartou um ataque da Sky à amarela.

«Era bonito repetirmos o triunfo do ano passado. Vamos tentar, pode correr bem, mas há aqui equipas muito fortes e muitos candidatos», disse à agência Lusa, apontando o compatriota e colega Sergio Henao como um provável vencedor hoje, no Alto do Malhão.

Sétimo classificado e dono da camisola da juventude na Volta a Itália 2012 e segundo nos Jogos Olímpicos de Londres, atrás do cazaque Alexandre Vinokourov, o colombiano estabeleceu como metas para este ano o Tirreno-Adriático, as clássicas das Ardenas (Amstel Gold Race, Flèche Wallonne e Liège-Bastogne-Liège), antes do ponto alto da temporada: o Giro.

Mas, ao contrário da época passada, Urán não será o líder da Sky. O papel está reservado para o britânico Bradley Wiggins, vencedor do Tour2012 e campeão olímpico de contrarrelógio.

«Se há alguém na equipa com possibilidade de ganhar, é para ele que temos de trabalhar. Mas temos liberdade para tentar a nossa sorte, para lutar por etapas», explicou, revelando que não vai estar no Tour, «por ser demasiado próximo» da corsa rosa, mas marcará presença na Vuelta.

O corredor de 26 anos, profissional desde 2006, qualifica a medalha de prata de Londres2012 como um momento «muito importante» para si e para toda a Colômbia. «Foi a primeira medalha do meu país no ciclismo», salientou, orgulhoso, em conversa com a Lusa.

E é exatamente na Colômbia que o homem da Sky pensa quando fala do futuro. «Nos últimos cinco, seis anos, o ciclismo cresceu muito. Temos uma equipa, a Colômbia, que está aqui. A minha ideia é ajudar a Colômbia, tentar que haja mais equipas colombianas a vir correr na Europa», assumiu Urán.