Lance Armstrong recusou-se a colaborar com a Agência norte-americana antidopagem (USADA) na investigação de casos de doping no ciclismo, mas mostrou-se disponível para ajudar noutros inquéritos, informou hoje o seu advogado em comunicado.

O antigo ciclista tinha até hoje, data fixada unilateralmente pela USADA, para aceitar fornecer sob juramento detalhes do seu historial de dopagem à agência, que poderia reverter a sua irradiação do desporto, trocando-a por uma suspensão menor.

«Lance está disposto a colaborar totalmente e foi muito claro: ele será o primeiro a atravessar a porta e a responder a todas as questões num tribunal internacional formado para o ciclismo profissional, que é uma modalidade quase exclusivamente europeia», pode ler-se num comunicado difundido hoje pelo advogado Tim Herman.

A nota prossegue dizendo que Armstrong se mantém esperançoso quanto a um eventual esforço internacional, com o qual colaborará de livre vontade.

«Enquanto tal não acontece, por diversos motivos, Lance não participará nos esforços da USADA para, seletivamente, conduzir a processos que só demonizam indivíduos selecionados e que não atingem 95 por cento de uma modalidade sobre a qual a USADA não tem jurisdição», acrescenta o texto.

Armstrong, que perdeu as suas sete Voltas a França depois de uma investigação da agência norte-americana o colocar no epicentro do «maior sistema de dopagem da história do desporto», deixou passar o prazo, fixado a 06 de fevereiro, para testemunhar, pelo que o presidente da USADA, Travis Tygart, lhe concedeu mais duas semanas.

«Depois da sua entrevista televisiva [a Oprah Winfrey, em que reconheceu ter-se dopado entre 1998 e 2005], voltámos a convidá-lo para providenciar informação honesta e este foi informado pela Agência Mundial Antidopagem [AMA] que este seria o caminho caso quisesse fazer parte da solução», explicou o responsável da entidade norte-americana.

De acordo com Tygart, nas últimas semanas Armstrong levou-os a crer que queria colaborar, mas que estava preocupado com «as potenciais consequências legais e civis» da sua opção.

«Hoje soubemos pelos meios de comunicação que o senhor Armstrong escolheu não se apresentar e não ser honesto», revelou, esclarecendo que vão prosseguir a investigação sem o antigo ciclista.

Seja o melhor treinador de bancada!

Subscreva a newsletter do SAPO Desporto.

Vão vir "charters" de notificações.

Ative as notificações do SAPO Desporto.

Não fique fora de jogo!

Siga o SAPO Desporto nas redes sociais. Use a #SAPOdesporto nas suas publicações.