O britânico Chris Froome (Sky), virtual vencedor da Volta a França em bicicleta, considerou hoje que o triunfo na 100.ª edição da prova «é o final de uma viagem maravilhosa», que começou no Quénia e termina em Paris.
«Cada dia tem sido um combate, com vento, com chuva, com montanha, com dias bons e maus. A equipa esteve sob pressão, alguns dias estive sozinho na frente, outros acompanhado. Este Tour teve de tudo, foi uma 100.ª edição muito especial», afirmou o ciclista da Sky, terceiro na etapa de hoje.
Froome, de nacionalidade britânica mas nascido no Quénia, admitiu ter tomado consciência de que poderia ganhar uma prova como o Tour durante a Volta a Espanha, em 2011.
«Até então era difícil manter a regularidade necessária, nessa Vuelta encontrei a regularidade e isso deu-me confiança e fez-me ver que tinha lugar entre os ciclistas que disputam este tipo de provas», afirmou.
O colombiano Nairo Quintana (Movistar), que com a vitória na penúltima tirada subiu ao segundo posto da classificação geral, garantiu no final que está disposto a trabalhar para vencer a prova em próximas edições.
«Há Nairo Quintana para o futuro», afirmou o ciclista da Movistar, virtual vencedor da camisola da montanha e da juventude.
O corredor, companheiro de equipa do português Rui Costa, está prestes a tornar-se no sul-americano mais bem classificado de sempre no Tour, superando o terceiro lugar do seu compatriota Fabio Parra em 1988.
«Há muitos anos que na Colômbia não se vivia nada assim, alguns choram de alegria. Quero dizer-lhes que desfrutem, que isto é mesmo verdade e que há Nairo Quintana para o futuro», disse.
O espanhol Alberto Contador, que se viu arredado do pódio após a etapa de hoje, admitiu não se ter sentido bem durante a prova, devido a problemas num joelho.
«Foi um dia mau», admitiu o chefe de fila da Saxo-Tinkoff, vencedor do Tour em 2007 e 2009, acrescentando: «tive problemas num joelho».
O ciclista madrileno, sétimo na etapa de hoje, assegurou não estar desiludido com o quarto lugar na geral, apesar de admitir que o seu objetivo era a terceira vitória no Tour.
«Sempre é melhor ser segundo do que 10.º, mas o meu objetivo era ser primeiro. Este ano foi impossível, há um corredor que está acima de todos os outros», reconheceu.
A 100.ª edição da Volta a França termina no domingo com uma etapa de 133,5 quilómetros entre Versailles e os Campos Elísios, em Paris.