A edição de 2013 da Volta a França em bicicleta não registou qualquer controlo antidoping positivo, anunciou hoje a responsável pelo programa antidopagem no ciclismo, que atribuiu este resultado ao efeito dissuasivo dos testes surpresa.

«Não tivemos resultados anormais no Tour de France deste ano», declarou Francesca Rossi, numa apresentação à imprensa da Fundação Antidopagem no Ciclismo (CADF) realizada em Aigle, Suíça.

A cientista italiana, que dirige a CADF desde 2010, escusou-se, no entanto, a afirmar que esta edição do Tour foi "limpa", uma vez que no futuro as amostras colhidas - e mantidas por oito anos - poderão ser alvo de reanálises [já com tecnologias mais avançadas] que venham a comprovar que houve dopagem.

Segundo Rossi, a ausência de casos positivos deveu-se a uma política de controlos que teve efeitos dissuasores sobre quem faz batota e não a falhas de deteção por parte de quem luta contra o doping.

«A nossa perceção é que eles perceberam que nós somos imprevisíveis, porque, de facto, fomos imprevisíveis», considerou a mesma responsável.

«Habitualmente testamos o camisola amarela, o vencedor da etapa e dois outros [ciclistas] escolhidos ao acaso, mas este ano mudámos tudo. Estávamos mais presentes à noite, insistimos em controlos a corredores a partir de informações que já tínhamos. Estávamos onde eles não nos esperavam e isso ficou claro desde o início», explicou.

No total, foram recolhidas 622 amostras no Tour, das quais 443 amostras de sangue, essencialmente para "alimentar" o passaporte biológico dos ciclistas, e 179 amostras de urina.

Rossi declarou ainda que Christopher Froome, o vencedor da edição de 2013, foi «muito controlado», sem especificar. «Os controlos servem para validar as performances, não forçosamente porque tenhamos suspeitas. É importante que um corredor que anda bem seja controlado de forma consistente».

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