O vencedor da edição de 2013 da Volta a Portugal em bicicleta, o espanhol Alejandro Marque, que neste defeso trocou a OFM-Quinta da Lixa pela Movistar, não se vê como o sucessor de Rui Costa na formação espanhola.

«Isso já é sonhar muito, muito alto», disse hoje o ciclista galego à Agência Lusa, à margem de uma sessão de autógrafos que decorreu no Festival Bike, que se está a decorrer até domingo em Santarém.

Admirador confesso do português, que se sagrou recentemente campeão mundial de ciclismo, batendo no final dois espanhóis, Alejandro Marque admite que preferia que ganhasse um dos compatriotas, mas garante que também estava a torcer por Rui Costa, por ser português e correr na Movistar.

«Qualquer um dos três (os outros eram Joaquin Rodriguez e Alejandro Valverde) merecia ganhar o Mundial, mas o Rui é um corredor que tem uma inteligência e uma leitura de corrida impressionante e creio que foi um bom vencedor», comentou.

Alejandro Marque ainda não sabe como vai ser a nova época na WorldTour Movistar, mas avança que foi contratado para trabalhar para os líderes da equipa, uma posição em que se sente muito confortável, porque durante vários anos fez esse trabalho para David Blanco, vencedor da Volta a Portugal por cinco vezes.

«Ter que voltar a fazer esse trabalho naquela que é a melhor equipa do mundo e estar entre os 25 eleitos, para mim já é um sonho concretizado. Espero desfrutar, quero agarrar esta oportunidade ao máximo e tentar fazer as coisas da melhor forma possível», prometeu.

Analisando os 10 anos em que correu em Portugal, Marque, que no dia 23 de outubro cumpre 32 anos, reconhece que 2013 foi a melhor época de sempre, sobretudo por ter incluindo o "maior petisco", a vitória na Volta a Portugal.

«Era um sonho que não tinha a certeza que podia alcançar. Sabia que da maneira que estava nos treinos poderia fazer uma boa classificação, mas ganhar a Volta era algo que via com muito respeito e sabia que não ia ser fácil porque bastava um dia mau para ser um fracasso», explicou à Lusa o espanhol.

Sobre quem poderá ser o seu sucessor como vencedor da Volta, Alejandro Marque elege o seu colega Gustavo Veloso, segundo classificado na edição deste ano.

«Acredito que ele pode ser o meu sucessor. Tem uma Volta a Portugal nas pernas e espero que, para o ano que vem, as coisas lhe corram da melhor maneira possível, porque ele merece uma vitória», concluiu.