O ciclista português Rui Costa, campeão do Mundo, que hoje assistiu em Paris à apresentação da Volta a França de 2014, antevê uma prova dura e stressante desde o início e espera lutar por um lugar no “top-10”.

«O Tour é sempre uma prova dura, rápida, muito nervosa e creio que, já a começar pelas etapas em Inglaterra, será algo difícil devido ao vento. E logo no quinto dia, uma etapa com setores em ‘pavé’ (empedrado), creio que a primeira parte já será muito dura e muito stressante», disse o campeão do Mundo aos jornalistas após a apresentação oficial das 21 etapas da prova.

Com partida em Leeds, em Inglaterra, a 05 de julho, e final em Paris, a 27 de julho, a 101.ª edição será encarada por Rui Costa de forma diferente das anteriores, uma vez que o corredor da Póvoa de Varzim deverá ser o líder da equipa italiana Lampre, depois de ter trabalhado para Alejandro Valverde e Nairo Quintana na espanhola Movistar.

«Temos de pensar que vai ser um Tour complicado, duro e vou trabalhar para estar nas melhores condições no próximo. As provas a que me tenho adequado melhor são provas de uma semana, de um dia, o Tour é algo novo, algo para descobrir [enquanto chefe de fila]. Espero no próximo ano estar numa boa condição e, quem sabe, lutar pelo top-10», afirmou Rui Costa.

O ciclista português reconhece que «todos os anos» tem «subido um degrau de cada vez» e espera para o próximo ano «não estancar e poder subir novamente um degrauzinho». No entanto, sublinha que «não vai ser fácil».

«Quando menos se espera, uma etapa fácil acaba por ser complicada», sublinhou o português, acrescentando que vai dispensar agora algum tempo a analisar todos os percursos.

Rui Costa deixou uma marca na 100.ª edição da Volta a França, em 2013, ao vencer duas etapas. Com um total de três tiradas ganhas na Grande Boucle, igualou o registo de Acácio da Silva e ficou a apenas um triunfo de Joaquim Agostinho, vencedor de duas tiradas em 1969, uma em 1973 e outra em 1979.

Dois meses depois, voltou a fazer história, desta vez em Florença, Itália, onde se tornou o primeiro português a conquistar o título de campeão do mundo de ciclismo.