O campeão do mundo de ciclismo, o português Rui Costa (Lampre-Merida), reconheceu esta quinta-feira, em entrevista ao diário desportivo espanhol Marca, que ainda não se considera favorito para vencer a Volta a França.
«Há que ser humilde e realista: nunca ganhei uma volta de três semanas e, por tanto, não posso dizer que sou favorito para o Tour. Apesar de ganhar o Mundial, ainda não o sou», explicou o português, indicando que há ciclistas mais candidatos do que ele.
Rui Costa, que ganhou a sua segunda Volta à Suíça este ano, além de duas etapas no Tour, confessou que não sabe dizer que tipo de ciclista é.
«Quando era sub-23 acontecia-me o mesmo: era capaz de estar com os melhores nas corridas de um dia, mas também ganhei a geral da Volta das Regiões. Agora, como profissional, é óbvio que há clássicas que posso ganhar, assim como voltas de uma semana, como já demonstrei», prosseguiu.
O ciclista da Póvoa de Varzim assegura que o título mundial, conquistado em Florença, não o fez perder o norte, mantendo a certeza que a sua prioridade é o seu trabalho como corredor, pelo que vai trabalhar «muito» durante o inverno.
«Os degraus têm de ser subidos um a um e nas grandes Voltas ainda tenho muito que melhorar. No entanto, acabo de cumprir os 27 anos e acredito que estou a melhorar a minha consistência a cada temporada», acrescentou.
Depois de vários anos na Movistar, Rui Costa assinou pela Lampre-Merida antes de se sagrar campeão do mundo, algo de que não se arrepende.
«Se esperas pelo Mundial e ganhas podes conseguir um contrato melhor, mas se caíres e te lesionares? Quem é que te contrataria num ano em que desaparecem a Vacansoleil, a Euskaltel, a Sojasun? Há dezenas de corredores com qualidade sem contrato para 2014», destacou.