O ciclista norueguês Alexander Kristoff (Katusha) venceu hoje a 105.ª edição da Milão-San Remo, batendo ao "sprint" os nomes mais sonantes do pelotão da primeira grande "clássica" da época, cujos 294 quilómetros foram corridos quase sempre sob chuva.

No final de quase sete horas de corrida (6:55.56), Kristoff bateu claramente o suíço Fabian Cancellara (Trek), que ficou em segundo pela terceira vez e tarda em repetir o triunfo obtido em 2008, enquanto o britânico Ben Swift (Sky) terminou em terceiro.

O também britânico Mark Cavendish (Omega Pharma-QuickStep), aspirante a um segundo triunfo, depois do de 2009, chegou ao sprint em défice evidente e não conseguiu impor a sua ponta final, terminando em quinto, mas mesmo assim bem à frente do eslovaco Peter Sagan (Cannondale), favorito à partida, que não foi além da décima posição, imediatamente atrás do vencedor de 2013, o alemão Gerald Ciolek (MTN-Qhubeka).

Amputada da passagem inédita na subida de Pompeiana, devido ao mau tempo, o que provocou as desistências antecipadas de corredores como Chris Froome ou Alejandro Valverde, a corrida mais longa da época foi marcada por uma fuga de sete homens lançada bem cedo (Barta, Boem, Bono, De Maar, Haas, Parrinello e Tjallingii) e que se manteve até à última hora de prova.

Os últimos resistentes (De Maar e Tjallingii) foram apanhados somente após a Cipressa, penúltima dificuldade do percurso, onde o italiano Vincenzo Nibali (Astana) passou ao ataque, aproveitando as suas qualidades na descida para passar os fugitivos e ganhar 50 segundos ao pelotão principal.

Os cerca de 30 perseguidores apanharam o “tubarão de Messina” na última subida, o Poggio, e, depois de alguns ataques sem efeito, a corrida decidiu-se num sprint, em que Kristof, de 26 anos e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Londres2012, foi quem mostrou maior capacidade de resistência ao desgaste de sete horas sobre o selim.