:O belga Jan Bakelants (Omega Pharma-QuickStep) venceu hoje a sexta etapa do Critério do Dauphiné, num dia em que prevaleceu o desportivismo quando o britânico Chris Froome (Sky), líder da corrida velocipédica francesa, caiu a oito quilómetros da meta.

O vencedor da edição do ano passado e posteriormente da Volta a França, que ficou com escoriações diversas, contou com a cortesia dos adversários, nomeadamente o espanhol Alberto Contador (Tinkoff-Saxo), que aguardaram o seu regresso ao pelotão antes da chegada a Poisy, onde se concluíram os 178,5 quilómetros da etapa iniciada em Grenoble.

"Não é nada de grave. Devo ter passado num buraco e a roda da frente derrapou. Dói, mas não parti nada. Preciso de uns quantos pensos", afirmou Froome. "Disseram-me que os corredores da Tinkoff e da Astana (de Vincenzo Nibali) foram os primeiros a dizer ao pelotão para abrandar e esperar por mim. Agradeço-lhes por isso, foi um grande gesto de desportivismo", acrescentou.

O camisola amarela comanda a prova com 12 segundos de vantagem sobre Contador e sobre o holandês Wilco Kelderman (Belkin), quando faltam disputar duas etapas nesta prova de preparação para o Tour.

Alheados deste incidente e empenhados numa fuga iniciada ao quilómetro 30, Jan Bakelants e o holandês Lieuwe Westra (Astana) decidiram a vitória na etapa num “sprint” favorável ao holandês, que cumpriu a tirada em 4:07.20 horas. O checo Zdenek Stybar (Omega Pharma-QuickStep) chegou em terceiro, 24 segundos depois, a encabeçar o grupo dos restantes fugitivos, incluindo o português Sérgio Paulinho (Tinkoff-Saxo), que terminou em 15.º.

O primeiro pelotão, com os favoritos agrupados, chegou a 3.55 minutos, seguindo-se uma série de pequenos grupos mais atrasados, num dos quais, a 5.51 minutos, chegou o outro português da Tinkoff (94.º), Bruno Pires. Na geral, Sérgio Paulinho é o 76.º, a 24.13, e Pires o 96.º, a 36.04.

No sábado, os rivais de Froome têm nova oportunidade para atacar a liderança, na sétima e penúltima etapa, com 161,5 quilómetros, que vai ligar Ville-La-Grand à barragem de Emosson, na Suíça, após uma subida 10,2 quilómetros a 8%, antecedida da passagem no alto de Forclaz, a 20 quilómetros da chegada. Ambas as subidas são de categoria especial.