O diretor da Volta a Portugal em bicicleta confessou hoje que tinha conhecimento dos problemas da OFM-Quinta da Lixa, mas que nunca pensou que a participação da equipa pudesse estar em causa na véspera do arranque da prova.

A OFM-Quinta da Lixa, que tem o vice-campeão de 2013, o espanhol Gustavo Cesar Veloso no seu plantel, está em risco de ser excluída da Volta a Portugal por não ter diretor desportivo.

“Não era uma novidade absoluta. Sabíamos que a equipa, nas últimas participações no calendário velocipédico nacional, já registava alguns problemas, nomeadamente entre os corpos sociais da União Ciclista do Sobrado e o responsável da equipa continental. Nunca imaginei que este tema pudesse ser arrastado para a véspera da Volta a Portugal”, assumiu Joaquim Gomes à agência Lusa.

Para o diretor da Volta, o processo da OFM-Quinta da Lixa é “um pouco ingrato do ponto de vista da organização da própria Volta”, porque julgava estar “tudo bem com a equipa”.

“Infelizmente, assim não acontece, portanto estamos numa fase em que tentamos encontrar meios para que as alterações que, pelos vistos, ocorreram na equipa nestes últimos dias, quer a nível de adição de novos patrocinadores, quer a nível de uma alteração que poderá ou não arrastar alguma polémica – que não é do interesse da organização -, que é a alteração do diretor desportivo, possam ser resolvidas”, indicou.

Depois do despedimento de José Barros, que até esta segunda-feira era o diretor desportivo da equipa, a OFM-Quinta da Lixa tenta agora inscrever, junto da União Ciclista Internacional (UCI), o novo responsável, que deverá ser o antigo ciclista espanhol Jesus Rosendo.

“Há trâmites legais que obrigam à formalização destas alterações junto da Federação Portuguesa de Ciclismo e, depois desta, junto da União Ciclista Internacional (UCI) e estamos a espoletar a possibilidade de que, mesmo em cima da hora, esta situação seja resolvida, que o novo diretor desportivo possa estar na equipa e que o novo responsável financeiro, que até agora era o José Barros, possa ser substituído”, explicou à Lusa.

Joaquim Gomes aguarda agora que o novo diretor desportivo cumpra os requisitos da UCI para que possa ser inscrito na FPC.

“Estamos focados em resolver este problema e espero que a equipa possa promover junto destes atletas a tranquilidade necessária para fazerem uma volta a Portugal que é muito exigente”, concluiu.