Tiago Machado, que está hoje de visita à caravana da 76.ª Volta a Portugal, confessou que um dos seus sonhos é regressar ao pelotão português para tentar vencer a prova rainha do calendário velocipédico nacional.

De óculos de sol espelhados, penso no braço, a recordar as mazelas de “guerra” (neste caso, da Volta a França), Tiago Machado apareceu descontraído e bem-disposto em Fafe, num regresso provisório à prova que lhe merece um carinho especial.

“Nunca escondi isso, que um dos meus sonhos de carreira é tentar ganhar a Volta a Portugal. Já andei lá perto e era um miudito. Acho que, com um pouco mais de maturidade e se não perder qualidades, tenho legitimidade para vir tentar disputar a nossa Volta”, defendeu o ciclista da NetApp-Endura, que chegou a ser terceiro no Tour deste ano, antes de cair na décima etapa.

Sem esconder o seu amor antigo, Tiago Machado confessou que quer ver a Rádio Popular-Onda de amarelo no pódio final.

“É a equipa que eu quero que ganhe sempre nas competições nacionais, mesmo eu não estando inserido nela. Sempre foi a minha equipa, sempre me trataram muito bem e ainda agora continuam a tratar. A prova disso foram os campeonatos nacionais em que, mesmo não tendo alinhado de xadrez ao peito, eles controlaram a corrida para eu tentar ganhar”, recordou.

Por isso, o corredor de Famalicão não se imagina “a correr noutra estrutura que não seja liderada pelo professor José Santos, pelo Tavares Rijo e pelo Luís Machado”, os eixos fundamentais da formação axadrezada.

A preferência pela Rádio Popular-Onda fica também patente quando se atreve a nomear os candidatos, mesmo salvaguardando que não está “muito por dentro de quem poderá ganhar a Volta”.

“Ouve-se falar do Rui Sousa, do Daniel Silva, dos homens da OFM, o Gustavo Veloso, o Nuno Ribeiro, o Delio [Fernandéz]. Depois a equipa da Efapel apresenta-se sempre muito bem, mas todos nós sabemos como, às vezes, corre a equipa. Já podiam ter ganho uma Volta, se não fosse certos erros”, salientou.

Quanto às equipas estrangeiras, “Tiaguinho” prefere jogar pelo seguro: “Corro com a 4-72 Colombia algumas vezes, não sei que equipa apresentam aqui, mas os colombianos para cima vão sempre muito bem. Na Caja Rural, o Luis Leon Sanchéz, se estiver nas suas melhores condições, pode disputar a Volta, agora se não estiver não acredito, porque a volta é muito dura. Os russos, para a geral, acho que não podemos contar com eles, mas aparece sempre um ou outro que se evidencia”.

Depois da estreia no Tour, o ciclista da NetApp-Endura pode agora apontar as diferenças entre a sua prova do coração e a maior prova do ciclismo.

“É os dias de prova e as partidas e chegadas. Também a melhor publicidade e afluência de público, porque é a prova maior. Mas a nossa Volta acho que, nos dias chave, vai estar repleta de pessoas na estrada, o que é bom para os ciclistas, porque atenua um pouco a dor”, concluiu na sua visita à 76.ª Volta a Portugal, que neste momento já arrancou em Fafe.

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