O ciclista português Joaquim Silva, 16.º na prova de fundo dos Mundiais de sub-23, revelou hoje que atacou a corrida antes da primeira montanha da última volta, na esperança de ganhar tempo suficiente para chegar isolado.

“O objetivo era atacar para ficar na frente. Se tivessem vindo mais dois ou três ciclistas comigo, se calhar, teria sido diferente. Assim, acabei por desgastar-me sozinho. Mas estou contente. Tinha de ser ali para fazer a diferença”, começou por explicar o campeão nacional sub-23 no final da prova, disputada num circuito em Ponferrada, Espanha.

O ciclista da Anicolor, que cumpre este ano a última temporada antes de passar a elite, referiu que atacou na primeira das duas subidas por saber que a perigosa descida até à meta não o favorecia.

“Por isso é que ataquei naquela subida, para tentar fazer o máximo de diferença possível, porque se esperasse para a última montanha… o meu forte não é propriamente a descer e, mesmo que eu ganhasse ali dez ou 15 segundos, sabia que ia ser apanhado e tinha que tentar tudo ali. Não consegui, mas caio de pé. A seleção mais uma vez mostra que está ao nível dos melhores ciclistas do Mundo. Temos de ter orgulho de nós próprios”, salientou.

Joaquim Silva relatou que as suas sensações iam “muito boas”, até porque “com o passar das [dez] voltas, as subidas iam-se tornando mais duras”, e que, quando arrancou, “tinha mesmo muito poder”.

“Se fosse uma subida mais inclinada talvez conseguisse fazer mais diferença”, lamentou o jovem, que sai dos Campeonatos do Mundo de estrada feliz, apesar de ter falhado por um lugar o seu grande objetivo, entrar no “top 15”.

O selecionador José Poeira assumiu no final que Silva era o homem escolhido para fazer a diferença para Portugal, por estar “num bom momento”, tanto físico como emocional.

“Vinha com moral para esta corrida, apesar de não ser um circuito que se adapte às caraterísticas dele, porque as subidas não fazem grandes diferenças. Ainda assim foi o único que teve coragem para atacar”, elogiou.

Também os colegas estavam satisfeitos com a prestação coletiva de Portugal, num circuito que, segundo Ricardo Ferreira (Rádio Popular), é “bastante rápido e para ciclistas possantes”, e, de acordo com Rafael Reis (Banco Bic-Carmim), tem descidas “perigosas”, que dificultam a colocação.

“Pensava fazer um bom resultado, mas a uma volta e meia do final, tive uma quebra física e não consegui seguir no grupo”, disse Ruben Guerreiro (Liberty Seguros-Feira-KTM), vencedor da Volta a Portugal do futuro.

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