A federação de ciclismo do Cazaquistão anunciou hoje uma parceria com o centro de antidopagem daquele país no sentido de acompanhar em permanência do passaporte biológico dos corredores, na sequência dos três recentes casos de doping na equipa Astana.

Os dois organismos emitiram um comunicado conjunto, no qual declaram a intenção de dar "um passo de gigante" no combate ao doping, destacando-se a aplicação de um programa rigoroso de controlo dos passaportes biológicos.

"Pretendemos ter em 2015 o sistema antidoping mais avançado do mundo, um laboratório equipa com as tecnologias mais recentes e contar com o apoio dos maiores especialistas internacionais", indicou o presidente federativo, o antigo ciclista Dmitriy Muravyev.

A Astana, equipa do italiano Vincenzo Nibali, foi confrontada com os controlos positivos dos irmãos Maxim e Valentin Ingliskiy, ambos por EPO, e já este mês com uma análise anormal de Ilya Davidenok, por esteróides, o que levou a União Ciclista Internacional (UCI) a solicitar à Comissão de Licenças uma análise profunda às políticas de gestão e antidopagem da equipa.

A formação cazaque, cujo diretor desportivo é Alexander Vinokourov, campeão olímpico em título e antigo ciclista com um passado polémico relacionado com doping, aguarda a renovação da sua licença WorldTour.