O ciclista português Rui Costa (Lampre-Merida) considerou hoje que o quarto lugar na Amstel Gold Race é um bom prenúncio para as restantes clássicas do tríptico das Ardenas.

“A minha equipa ajudou-me a gerir todas as dificuldades do percurso, que é muito complicado. Na primeira metade da prova, fiquei atrasado, devido a uma queda de dois corredores à minha frente, e tive de fazer um esforço suplementar para reentrar no pelotão”, começou por contar o antigo campeão do mundo.

Rui Costa explicou que, na fase final, depois do ataque do vencedor em título, o belga Philippe Gilbert (BMC), prontamente anulado pelo grupo, sabia que ainda podia discutir a vitória ao ‘sprint’.

“Tinha boas sensações, mas tive de travar e por isso perdi o pódio. O quarto lugar, tendo em conta o valor dos meus adversários, é um bom prenúncio para a semana”, assumiu.

O ciclista da Lampre-Merida viu o seu sucessor na camisola arco-íris, o polaco Michal Kwiatkowski, vencer a primeira das clássicas das Ardenas, com o espanhol Alejandro Valverde (Movistar) a ser segundo e o australiano Michael Matthews (Orica-GreenEdge) a ficar em terceiro.

“Vim aqui para vencer, era o meu objetivo. Não cometi o mesmo erro que no ano passado, quando deixei as minhas forças no Cauberg [a dificuldade final]”, justificou o ciclista da Etixx-QuickStep, que preferiu não correr as clássicas da Flandres para estar na melhor forma possível nas Ardenas.

Tiago Machado, o outro português presente na primeira clássica das Ardenas, não teve um dia feliz, caindo “numa altura em que a prova já ia bem lançada” e partindo a mudança de trás logo depois.

“Perdi algum tempo à espera da suplente e ainda tentei recolar ao pelotão, sem sucesso”, lamentou na sua página do Facebook.

O tríptico das Ardenas prossegue na quarta-feira, com a Flèche Wallone, e termina no domingo com a ‘decana’ das clássicas, a Liège-Bastogne- Liège.