O ciclista português Rui Costa (Lampre-Merida) ficou hoje a um lugar do pódio da Amstel Gold Race, a primeira das clássicas das Ardenas, ganha pelo campeão do Mundo, o polaco Michal Kwiatkowski (Etixx-QuickStep).

Num ‘sprint’ alucinante, entre alguns dos grandes nomes do ciclismo atual, Costa viu três dos grandes favoritos ao triunfo na prova holandesa roubarem-lhe o pódio, tendo de contentar-se com o quarto posto atrás do polaco, do espanhol Alejandro Valverde (Movistar) e do australiano Michael Matthews (Orica-GreenEdge).

“Que dia duro, mas estou feliz no final com este quarto lugar”, escreveu o português no Facebook, depois de cumprir os 258 quilómetros da 50.ª edição da clássica holandesa em 06:31.49 horas.

Ao contrário do que aconteceu ao português no ano passado, a ‘maldição’ do arco-íris não está a pesar no polaco, que depois de dois importantes segundos postos - na Volta ao Algarve e no Paris-Nice, no qual ganhou a primeira etapa -, conseguiu uma das mais importantes vitórias da sua carreira, festejada efusivamente com os seus colegas da Etixx-QuickStep.

A primeira das três clássicas das Ardenas proporcionou o espetáculo que se esperava: muitas fugas, ainda mais ataques e uma sucessão de líderes de corrida que teve o seu ponto mais alto quando, a 30 quilómetros da meta, Vincenzo Nibali (Astana) saltou do primeiro grupo, levando na roda Tony Martin (ETixx-QuickStep) e Alex Howes ((Cannondale-Garmin) para se juntar a um ‘grupeto’, no qual se encontravam David Tanner (IAM Cycling) e Simon Clarke (Orica-GreenEdge).

Nibali era o mais inconformado entre os fugitivos, atacando uma e outra vez na esperança de deixar para trás os seus indesejados companheiros de fuga, com um pouco aplicado Martin à cabeça. Mas os esforços do italiano não se traduziram nos resultados esperados, com o vencedor do Tour2014 a ficar plantado quando Simon Clarke atacou.

O homem da Orica-GreenEdge foi o último a ser apanhado, já quando os favoritos à vitória final testavam forças, com Greg Van Avermaet (BMC) e Jakob Fulgsang (Astana) a serem os primeiros a tentar a sua sorte, a oito quilómetros de Valkenburg, sem sucesso.

À entrada dos derradeiros dois quilómetros, foi o três vezes vencedor e detentor do título Philippe Gilbert (BMC) a agitar o grupo, mas a vontade de erguer os braços no final da Amstel Gold Race manteve os candidatos unidos, com a discussão da vitória a ser feita ao ‘sprint’.

Num final apertado, com as diferenças a medirem-se em milímetros, o campeão do mundo apareceu vindo de trás para negar o triunfo a Valverde, que também foi segundo em 2013, e Matthews e provar que a ‘maldição’ da camisola que enverga – a tradição diz que durante o ano do reinado de campeão mundial, o ciclista vestido de ‘arco-íris’ dificilmente triunfa - é apenas um mito.

O outro português em prova, Tiago Machado a mostrar-se na frente do pelotão durante largos quilómetros, nos últimos 50, no trabalho de controlo de Katusha, mas terminou na 115.º posição, a 07.56 minutos dos primeiros.

O tríptico das Ardenas prossegue na quarta-feira, com a Flèche Wallone, e termina no domingo com a ‘decana’ das clássicas, a Liège-Bastogne- Liège.

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