A Orica-GreenEdge defendeu hoje o estatuto de melhor equipa contra o cronómetro, ao vencer, pelo segundo ano consecutivo, o contrarrelógio por equipas da Volta a Itália em bicicleta, entregando a camisola rosa a Simon Gerrans.

Um ano depois de arrasarem a concorrência em Belfast (Irlanda), na etapa inaugural da 97.ª edição, os ‘australianos’ voltaram a demonstrar que o todo pode ser tão bom quanto a soma das partes, cumprindo os 17,6 quilómetros entre San Lorenzo al Mare e São Remo em 19.26 minutos, sete segundos mais rápido do que a Tinkoff-Saxo de Alberto Contador e Sérgio Paulinho.

Com seis dos seus corredores com o mesmo tempo, a responsabilidade de vestir a primeira rosa do Giro2015 coube a Simon Gerrans, o primeiro a cruzar a linha de meta, antes dos compatriotas Michael Matthews e Michael Hepburn.

A opção pelo ciclista de 34 anos, uma espécie de ‘capitão’, por veterania e resultados, da Orica-GreenEdge nem é difícil de perceber: além de nunca ter andado com a ‘maglia’ rosa (só participou em 2009, ano em que ganhou uma etapa), foi em São Remo que o australiano, que em 2013 andou dois dias de amarelo na Volta a França, festejou um dos maiores triunfos da sua carreira, a conquista da clássica Milão-San Remo (2012).

“Penso que, tecnicamente, podemos estar muito satisfeitos. Marcámos um tempo muito rápido e fizemo-lo contar. Estava combinado que eu seria o primeiro a cruzar a meta e é uma grande honra usar a camisola rosa. Esta equipa construiu uma reputação nos contrarrelógios e temos grandes especialistas. O crédito é deles”, defendeu o ciclista de Melbourne, que falhou a temporada das clássicas da primavera por estar a recuperar de uma fratura na clavícula e no braço originadas por quedas na pré-epoca.

Quase tão importante como a vitória da Orica-GreenEdge, que registou a sexta média mais rápida de sempre na prova italiana (54,339 km/hora), são as diferenças estabelecidas entre os principais candidatos à vitória final na primeira das 21 etapas deste Giro. De calculadora em punho, as equipas que contam para a geral podem já contabilizar as primeiras perdas para o principal favorito, o espanhol Alberto Contador.

Com uma escolta de especialistas, na qual se encontravam Manuele Boaro, Roman Kreuziger e Michael Rogers, o vencedor do Giro2008 ajudou a sua equipa a terminar a etapa em segundo (Sérgio Paulinho ficou para trás e perdeu 02.24 minutos), ganhando segundos a toda a concorrência.

Entre os candidatos, o italiano Fabio Aru, terceiro no ano passado, e a sua Astana foram aqueles que perderam menos tempo, mais concretamente seis segundos, para a Tinkoff-Saxo, ocupando o terceiro posto da etapa, à frente da Etixx-QuickStep de Rigoberto Uran.

O colombiano, vice-campeão das últimas duas edições da Volta a Itália, cedeu 12 segundos para Contador (19 para os Orica-GreenEdge), com o australiano Richie Porte, o outro grande favorito, a ser a grande desilusão da jornada, juntamente com a sua Sky.

A equipa britânica foi apenas nona, com o seu líder a perder, logo no primeiro dia, 20 segundos para Contador, e a ficar na 57.ª posição da geral.

Entre os portugueses, o melhor foi Fábio Silvestre, com o resultado da sua Trek (11.ª) a valer-lhe o 74.º lugar da geral, a 29 segundos de Gerrans. André Cardoso (Cannondale-Garmin) é 134.º, a 53 segundos.

No domingo, os ‘sprinters’ têm a sua primeira oportunidade, na ligação de 177 quilómetros entre Albenga e Génova.

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