A equipa de ciclismo Tinkoff-Saxo solicitou hoje à Unipublic, organizadora da Volta a Espanha, e à União Ciclista Internacional (UCI) um conjunto de ações que limitem a sua frustração pela queda de Peter Sagan, após incidente na ‘Vuelta’.

O eslovaco, que liderava a classificação por pontos, abandonou a corrida espanhola no domingo, na sequência do acidente da véspera, quando foi abalroado por uma mota da organização a oito quilómetros da meta.

À UCI, a formação russa solicita a revisão das regras que regulam a admissão de condutores para os veículos na prova, bem como a forma como as viaturas são obrigadas a agir durante as várias fases da etapa, “com a intenção de implementar regras adequadas que devem ser mudadas o mais tardar no início da temporada 2016”.

Em carta aberta, a equipa russa pretende que a UCI revogue ainda a multa a Sagan pelo “comportamento que prejudica a imagem do ciclismo”, nomeadamente a sua reação após o acidente.

“A equipa e Peter Sagan aceitam a outra multa pela sua reação após o acidente, mas é simplesmente inadequado multá-lo por prejudicar a imagem do ciclismo, dadas as circunstâncias”, refere a Tinkoff-Saxo.

À Unipublic é sugerido “um pedido público de desculpas pelo incidente que afastou Peter Sagan da prova” e é desafiada a tomar “medidas adequadas e concretas” para prevenir incidentes semelhantes até ao final da ‘Vuelta’ e em corridas futuras.

Paralelamente, propõe um gesto de caridade com a doação a uma organização solidária no valor do prémio da camisola verde, classificação que o eslovaco liderava: em alternativa, uma iniciativa na qual, como entidade organizadora, reconhece que tem responsabilidades pela segurança do evento.

“A prioridade da nossa equipa é que os organizadores da corrida e outras partes interessadas aprendam com este incidente e apresentem medidas concretas para promover a segurança dos corredores e criem um ambiente de corrida melhor. Nesta fase, portanto, em vez de iniciar um processo de litígio adverso, solicitamos estas ações”, justificou.