Alejandro Marque vai cumprir em 2016 o pleno nas equipas de ciclismo portuguesas e nada melhor para assinalar a efeméride que repetir a vitória na Volta a Portugal, um objetivo que o espanhol não escondeu à agência Lusa.

“Só faltava esta”, respondeu com uma gargalhada quando questionado sobre o seu historial no meio velocipédico português.

O vencedor da Volta de 2013 e terceiro classificado na edição deste ano cumpriu toda a sua carreira em solo português, iniciando-se no Boavista (2004) e passando por todas as seis formações portuguesas, a última das quais a LA-Antarte, a sua escolhida para a próxima época.

“A verdade é que já passei por todas. O projeto que me foi apresentado aqui para 2016 era bastante atrativo. O facto de uma equipa que era 100 por cento portuguesa querer contar comigo já quer dizer que querem apostar em grande. Isso também me fez gostar da proposta e sei que temos um bloco que pode vencer a Volta a Portugal”, revelou.

O galego fala no plural quando traça a rota da equipa de Paredes para 2016, mas assume com a convicção de três “sim” consecutivos que o seu principal objetivo é voltar a estar no lugar mais alto do pódio, desta vez em Lisboa (quando venceu em 2013, a festa foi feita em Viseu).

Para trás ficou a Efapel e a liderança bipartida com Jóni Brandão, que levou os dois a ficarem nos escalões mais baixos do pódio, atrás do vencedor Gustavo Veloso (W52-Quinta da Lixa).

“Penso que eles queriam apostar no Jóni, que é jovem, é português e é algo que respeito. E eu, para já, ainda quero jogar para ganhar”, assumiu à agência Lusa.

Com o seu português adocicado com tons de galego, ‘Alex’ assegurou que foi “muito bem” acolhido no novo grupo, a quem está ainda mais unido depois do treino militar que a LA-Antarte tem vivido nos últimos quatro dias, na Herdade da Rocha, no Crato.

Um dos homens mais consensuais do pelotão luso, Marque enfrenta, aos 34 anos, mais um desafio na sua carreira, mas mostra-se agradecido a todas as formações que representou.

“Já estive em equipas para as quais voltei. Deixo sempre as portas abertas em todas as equipas. Às vezes é o destino que te leva a mudar de equipa, por exemplo porque esta passa por algum tipo de dificuldade”, destacou.

O destino levou-o agora até à LA-Antarte, um conjunto que era 100% luso e que decidiu quebrar a sua tradição para entregar a liderança a um galego, que já é quase português.