Adriano Quintanilha, principal patrocinador da nova equipa de ciclismo W52-FC Porto-Porto Canal, defendeu que Bruno de Carvalho poderá ter sido enganado no processo que terminou hoje com a quebra do pré-acordo com os ‘leões’.

“Vou ser sincero: ao almoço estive reunido com pessoas ligadas ao Sporting, não chegámos a um consenso. Lamento que o presidente não estivesse por dentro daquilo que se estava a passar ou estivesse a ser enganado por alguém”, disse o proprietário da W52 ao Porto Canal.

Adriano Quintanilha assegurou estar de “cara bem levantada para fazer a união com o FC Porto”.

“Gostaria que as três equipas ‘grandes’ estivessem ligadas ao ciclismo. Era bom para que houvesse mais rivalidade e mais gente nas estradas, a valorizar o esforço que o ciclista faz durante a época. A única pessoa que apareceu e apresentou um projeto viável foi o senhor Pinto da Costa e o acordo tem viabilidade, no mínimo, para cinco anos”, declarou.

Hoje de manhã, a W52, através da Associação Vintagepódio – Clube de Ciclismo, anunciou que não chegou a ser concretizada a proposta final para se associar ao Sporting para a próxima temporada velocipédica.

Já depois de anunciada a parceria da equipa de Sobrado com o FC Porto, os ‘leões’ emitiram um comunicado, no qual explicavam que tinham decidido suspender o acordo com a W52, depois de a formação não ter esclarecido as dúvidas dos ‘leões’ quanto a “procedimentos relacionados com análise e controlo antidoping”.

“Já após a apresentação à imprensa do regresso do ciclismo ao Sporting e na sequência de diversos contactos por parte de sportinguistas seguidores da modalidade, teve o clube conhecimento de diversos factos e situações que suscitaram e suscitam as maiores e mais sustentadas dúvidas sobre procedimentos relacionados com análise e controlo antidoping por parte dos promotores do projeto”, começa por revelar o clube de Alvalade.

De acordo com a nota, os ‘leões’ imediatamente procuraram obter “esclarecimentos, informações e respostas” por parte da W52 em relação aos atletas que iriam fazer parte da equipa, ao suporte de patrocinadores para a mesma e também em questões que punham em causa “valores de ética e verdade desportiva”, dos quais o Sporting “não abre mão em circunstância alguma”.

“Por parte dos promotores do projeto, as respostas não foram inicialmente dadas e, após reiteradas tentativas, foram insuficientes e não esclarecedoras”, acusou o Sporting.