Jarno Meijling provou hoje que a Metec-TKH é um caso sério na arte de ‘sprintar’, ao bater os companheiros de fuga na quarta etapa da 34.ª Volta ao Alentejo, que continua a ser liderada por Krister Hagen (Coop-OsterHus).

Um dia depois de Johim Ariesen triunfar em Beja, Jarno Meijling conquistou, de forma magistral, a segunda etapa consecutiva para a equipa holandesa e a terceira vitória da carreira, depois de andar todos os 184,7 quilómetros da tirada, que ligou Aljustrel a Grândola, em fuga.

“Mal o carro do diretor arrancou [ao quilómetro zero], saltámos do pelotão. Erámos uns 20, 30, uns foram ficando para trás. Com os ventos cruzados, pensei que iríamos ser apanhados, mas conseguimos ganhar ainda mais vantagem. Na contagem de montanha [de quarta categoria, a 26 quilómetros da meta], estive em dificuldade, mas aguentei-me e aqui foi ‘sprintar’ a todo o gaz”, descreveu o holandês de 26 anos.

Não faltou animação na quarta etapa da Volta ao Alentejo. Antes de o conta-quilómetros iniciar a contagem dos 184,7 quilómetros da quarta etapa, entre Aljustrel e Grândola, o rádio Volta assinalou uma queda no pelotão, envolvendo a equipa de camisola amarela.

Mal recomposto do susto, o grupo viu 15 homens adiantarem-se, com Daniel Freitas (W52-FC Porto), Ricardo Vale (Rádio Popular-Boavista), Bruno Silva (LA-Antarte), Cristian Carralero e Jose Botella (Louletano-Hospital de Loulé), Emanuel Rodrigues (Anicolor), José Fernandes (Goldwin-Team José Maria Nicolau), Ivo Oliveira (Liberty Seguros-Carglass), João Letras (Sicasal-Constantinos-UDO), Krists Neilands (Axeon-Hagens Berman), Oyvind Lukkedahl (Coop-Oster Hus), Jan Jensen (Fixit.No), Garikoitz Bravo (Euskadi-Murias), Meijling e Sjoerd Kouwenhoven (Metec-TKH) a disporem de 01.45 minutos de vantagem logo ao quilómetro cinco.

Os fugitivos entenderam-se na perfeição e, apesar do esforço dos excluídos, com Efapel e Sporting-Tavira à cabeça, chegaram a ter oito minutos de vantagem sobre o pelotão, anulando assim a esperada luta entre Krister Hagen (Coop-OsterHus) e Enric Mas (Klein Constantia), separados na geral apenas por um segundo, pelas bonificações das metas volantes.

Com os quilómetros a passarem e as pernas a pesarem, a diferença caiu e o entendimento acabou, por culpa do ataque de Botella, ao quilómetro 144. O que se seguiu foi uma sucessão de ataques e contra-ataques infrutíferos, desaproveitados pelo pelotão para fazer a recolagem e aproveitados por Meijling para impor a sua velocidade, diante de Jose Botella e Garikoitz Bravo.

O pelotão, encabeçado pelo camisola amarela, chegou 32 segundos depois, permitindo que Krister Hagen mantivesse a sua escassa vantagem sobre Mas, com uma única etapa, de 172,3 quilómetros entre Santiago do Cacém e Évora, para disputar.

“Ser primeiro no ‘sprint’ do pelotão dá-me confiança para amanhã [domingo]. A estratégia é deixar sair uma pequena fuga, para não ter de ‘sprintar’ nas bonificações. Somos só cinco na equipa, penso que dará para controlar”, revelou o homem da Coop-OsterHus.

A principal preocupação de Hagen na última etapa da 34.ª Volta ao Alentejo será mesmo Enric Mas, já que Jesus Ezquerra e David de La Fuente, ambos do Sporting-Tavira, estão, respetivamente, a 10 e 11 segundos, com Rafael Silva (Efapel) a ser o melhor português, no quinto lugar, a 14.