O italiano Franco Pellizotti (Androni Giocattoli) admitiu no seu Twitter que se riu quando o advertiram para a dificuldade da Volta a Portugal em bicicleta, mas, após seis etapas, já não o faz.
“Disseram-me que na Volta a Portugal andam fortes. E eu, depois de nove presenças no Giro, duas na Vuelta e três no Tour, ri-me”, escreveu Pellizotti na rede social, após a etapa-rainha da 78.ª edição da Volta a Portugal, na quarta-feira, entre Belmonte e Guarda, com duas passagens pela Torre, na Serra da Estrela.
Instado pela agência Lusa a comentar o ritmo incutido na corrida, sobretudo pela W52-FC Porto, o italiano, de 38 anos, justificou-o com a importância da prova para as formações lusas.
“Para eles, a Volta a Portugal é como para nós o Giro, eles prepararam-se muito bem e conseguem correr sempre unidos. Estão a andar a um bom ritmo, mas acho que é normal, dada a importância da corrida para eles”, frisou.
Pellizotti, que, em março de 2011, foi o primeiro corredor suspenso com base nos registos do passaporte biológico, assumiu-se satisfeito com o seu desempenho e com a sua forma física, enaltecendo as conquistas coletivas nas estradas portuguesas.
“Já ganhámos uma etapa, conseguimos dois segundos lugares e um terceiro, já estamos contentes, apesar de nos termos defendido nas etapas mais difíceis. A classificação geral é quase uma utopia”, frisou.
Sobre a controversa suspensão até maio de 2012, que lhe anulou duas vitórias em etapas e o terceiro lugar no Giro de 2009 e o triunfo numa tirada e o título de melhor trepador no Tour no mesmo ano, Pellizotti assegurou que se esquece sempre que monta a bicicleta.
“O que aconteceu, aconteceu. Eu agora, aos 38 anos, olho em frente e tento fazer o que gosto e me diverte. É isso que me faz esquecer”, rematou Pellizotti, sem esconder a vontade de prolongar a carreira, pelo menos por mais um ano.