O português Rafael Reis (Caja Rural) não escondeu este domingo a sua frustração por não estar a participar na 43.ª Volta ao Algarve em bicicleta, mas mostrou-se otimista quanto ao resto da temporada, a sua primeira no estrangeiro.

“É difícil estar aqui como espetador. Estava à espera de fazer a Volta ao Algarve. Mas não foi possível, tenho uma lesão no rádio e agora tenho de esperar umas cinco semaninhas. Vou tentando fazer rolos e, se calhar, daqui a duas semanas já posso ir para a estrada”, explicou à agência Lusa, ao ser apanhado como ‘turista’ no topo da emblemática subida.

No final de dezembro, Rafael Reis e o amigo Ruben Guerreiro (Trek-Segafredo) vieram reconhecer a escalada ao Malhão (Loulé), onde hoje termina a ‘Algarvia’.

“Era para ver [ri-se]. Viemos estudar bem os buracos para ver se não batíamos em nenhum”, respondeu, quando questionado sobre se o reconhecimento da subida fazia parte de alguma ambição pessoal.

No seu papel de espetador, o jovem de Palmela atreveu-se a prognosticar quem será o vencedor da 43.ª edição da principal prova internacional disputada em Portugal.

“Acho que o [Michal] Kwiatkowski vai ser um osso duro de roer para o [Primoz] Roglic. O Amaro [Antunes] acho que também tem uma grande claque subida acima. Vamos ver o que sai”, arriscou.

O vencedor do ‘Ranking’ ciclista de 2016, que premeia o corredor mais regular do pelotão português, lamentou ainda o azar que sofreu na sua segunda prova pela Caja Rural – caiu na quarta etapa da Volta a Valência.

“As coisas estavam a correr até bastante bem, mas vamos ver como vai a recuperação disto. É melhor agora do que no meio ou no fim da época. Estou muito contente e bastante motivado na Caja Rural. Vamos ver como as coisas vão correndo. Há aí umas clássicas engraçadas, umas corridas de uma semana em que me posso sair bem”, assumiu.

A viver a sua época de estreia no pelotão internacional, o ciclista de 24 não ocultou o desejo de se estrear numa das grandes Voltas do ciclismo, nem que para isso tenha de abdicar da Volta a Portugal.

“Ou uma ou outra vou fazer, espero eu. Prefiro fazer a Vuelta do que a Volta a Portugal, mas só o tempo o dirá”, concluiu o corredor que na época passada representou a W52-FC Porto.