Tom Dumoulin comprovou hoje que não está só imparável no contrarrelógio, mas também em grande na montanha, ao ganhar na escalada para o santuário de Oropa e assim reforçar a camisola rosa na Volta a Itália em bicicleta.

O holandês chefe de fila da Sunweb entrou para a 14.ª etapa com uma confortável vantagem de 2.23 minutos sobre o colombiano Nairo Quintana (Movistar), que aumentou para 2.47.

O camisola rosa concluiu a tirada de 131 quilómetros, iniciada em Castellania, com três segundos de vantagem sobre o russo Ilnur Zakarin (Katusha-Alpecin) e nove em relação ao espanhol Mikel Landa (Sky), enquanto Quintana foi quarto a 14 segundos.

A subida de Oropa, uma contagem de montanha de primeira categoria, foi seletiva, como se esperava, com os melhores trepadores a abordarem juntos a escalada, para depois ensaiarem vários ataques a Dumoulin.

Quintana tentou a sua sorte, só conseguindo poucas dezenas de metros de avanço, para depois o holandês contra-atacar, embalando para a sua segunda vitória nesta edição - já tinha na contabilidade a 11ª etapa.

No entanto, o grande derrotado do dia acaba por ser o italiano Vicenzo Nibali (Bahrain-Merida), que cedeu 53 segundos e passa a ter uma desvantagem de 3.40 na tabela, atrás de Dumoulin, Quintana e ainda o francês Thinaut Pinot (FDJ), que tem um atraso de 3.25.

Rui Costa (UAE-Emirates) nâo conseguiu acompanhar os melhores escaladores no 'ataque' ao santuário de Oropa, mas esteve bem, numa 'segunda linha', ao entrar no 16.º lugar, a 1.19 de Dumoulin.

Muito mais cedo tinha descolado José Mendes (Bora-hansgrohe), 41.º, a 3.05, ao passo que José Gonçalves (Katusha) se limitou a integrar o grande grupo, em 163.º, a 14.38.

O melhor português na geral, a uma semana do fim deste Giro, é Rui Costa, que segue no 15.º lugar (desce um), a 7.58, continuando a ser o melhor da sua equipa.

José Mendes, campeão português de corrida em linha, sobe dois lugares, para 40.º, e está a 41.53 de Dumoulin.

Já José Gonçalves perdeu cinco posições, para 77.º, agora a 1:13.54 do primeiro da tabela.

No domingo, a 15.ª etapa vai ligar Valdengo a Bergamo, na distância de 199 quilómetros. Será uma tirada sem problemas de maior, na véspera do último dia de descanso, a anteceder uma última semana demolidora, com três etapas de alta montanha e mais um contrarrelógio.