Rui Costa (UAE Team Emirates) voltou hoje a ser segundo numa etapa da 100.ª Volta a Itália em bicicleta, ao ser o primeiro do numeroso grupo de fugitivos que deixou escapar Pierre Rolland (Cannondale-Drapac) para a vitória.

O ciclista português foi o principal ‘prejudicado’ pela hesitação do fragmentado grupo da dianteira, composto por 15 dos 43 fugitivos iniciais, que, a oito quilómetros da meta da 17.ª etapa, não respondeu ao ataque do combativo francês, que conquistou, aos 30 anos, a sua primeira vitória no Giro, a primeira para o seu país desde a edição de 2014 e a primeira numa grande Volta em cinco anos.

“Foi uma jornada incrível. Ataquei ao quilómetro zero e fui o primeiro a chegar. Quando vi que éramos apenas três, mentalizei-me que seria uma jornada longa. Depois das duas primeiras contagens de montanha, decidi esperar. Foi a decisão certa aguardar para entrar num grupo de 40 corredores, mas seria uma lotaria. No final, fui corajoso. Tentei duas, três vezes. Toda a gente estava ‘morta’. Talvez, eu tenha sido o mais corajoso”, explicou o corredor da Cannondale-Drapac.

Rolland resumiu na perfeição os acontecimentos dos 219 quilómetros entre Tirano e Canazei: o francês atacou assim que foi dado o sinal de partida, na companhia de Matej Mohoric (UAE Team Emirates) e Pavel Brutt (Gazprom), com o trio a conseguir uma vantagem robusta para o grupo perseguidor, composto por 40 ciclistas, entre os quais Costa e José Mendes (Bora-hansgrohe), e uma diferença quase escandalosa (rondou os 10 minutos) para o restante pelotão.

Ultrapassadas as duas contagens de montanha mais duras do dia, o vencedor da etapa desacelerou para ser alcançado pelos homens que vinham atrás, com a junção do grupo, já retalhado, a acontecer a cerca de 40 quilómetros da meta.

Foi então que o francês, recuperado do desgaste inicial, tentou uma e outra vez isolar-se, conseguindo finalmente concretizar o seu intento a oito quilómetros do final. O momento de hesitação dos outros elementos do grupo, que preferiram entreolhar-se a responder de imediato, foi suficiente para aquele que é um dos mais combativos ciclistas do pelotão conquistar uma vantagem inalcançável e cortar a meta com o tempo de 5:42.56 horas.

Rui Costa chegou 24 segundos depois, batendo ao ‘sprint’ o espanhol Gorka Izagirre na luta pelo segundo lugar, com o pelotão, que incluía o camisola rosa Tom Dumoulin (Sunweb), a tardar mais 7.54 minutos do que o vencedor.

O tempo ganhado hoje permitiu ao líder da UAE Team Emirates subir um lugar na geral, sendo agora 22.º, a 31.31 minutos do holandês, que tem o colombiano Nairo Quintana (Movistar) a 31 segundos e o italiano Vincenzo Nibali (Bahrein Merida) a 1.12 minutos.

José Mendes acusou o desgaste da fuga, perdeu 19.20 minutos para o vencedor, e caiu para a 53.ª posição, a 1:27.28 horas de Dumoulin. José Gonçalves (Katusha-Alpecin) foi 145.º, a 13.48 minutos de Rolland, e é 65.º na geral, a 1:43.51.

Na quinta-feira, os homens da geral têm um novo teste, na 18.ª etapa, que apesar de ter apenas 137 quilómetros, entre Moena e Ortisei, conta com cinco contagens de montanha, a última das quais, de primeira categoria, bem perto da meta.

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