O colombiano Nairo Quintana (Movistar) afirmou esta segunda-feira que está a viver momentos “amargos” na Volta a França em bicicleta e salientou que se não tivesse disputado a Volta a Itália estaria “a 100 por cento” no 'Tour'.

“Sem o 'Giro' teria estado a 100 por cento. Para o ano estarei em excelentes condições para disputar o 'Tour'”, disse o líder da equipa Movistar, que ficou descartado da competição depois de, no passado domingo, ter descido a 11.º e ficado a 6.16 minutos do camisola amarela, o britânico Chris Froome (Sky).

O colombiano, de 27 anos, disse ainda ter feito “um curto tempo de recuperação entre o 'Giro' e o 'Tour'”, tendo por isso de analisar o seu mau desempenho na competição.

Contudo, afirmou não compartilhar das palavras do seu pai, que acusou a Movistar de o obrigar a participar nas duas corridas.

Nairo Quintana disse estar “tranquilo”, porque fez “as coisas bem” e agradeceu a todos os que o apoiam, deixando claro que tem “ouvidos surdos” para as críticas.

“Algumas vezes são pessoas que não entendem, que nunca subiram a uma bicicleta, que não sabem o que é sofrer, fazer sacrifícios para conseguir as coisas. Tivemos um ano muito bom para mim e para a equipa. Lamentamos a queda do Alejandro [Valverde], senão estaríamos de outra forma”, acrescentou o ciclista, conhecido como ‘Nairoman’, fazendo referência ao seu colega de equipa Alejandro Valverde, que abandonou a Volta a França devido a uma queda na primeira etapa.

No segundo dia de descanso, e depois da 15.ª etapa, vão na frente Froome, o italiano Fabio Aru (Astana), o francês Romain Bardet (AG2R La Mondiale) e o colombiano Rigoberto Urán (Cannondale Drapac), naquela que é a 104.ª edição da Volta a França em bicicleta.