Um prólogo por equipas e uma “trilogia” na Serra da Estrela são os grandes destaques da 75ª Volta a Portugal em bicicleta, hoje apresentada em Lisboa, ponto de partida para 11 dias de competição, com final em Viseu.

Para as “Bodas de Diamante” da prova, que teve a sua primeira edição em 1927, a organização desenhou um traçado mais duro, com uma tripla jornada à volta do ponto mais alto de Portugal continental, além da inevitável Senhora da Graça, e diferente do habitual, pelo menos no primeiro dia.

Este ano, o prólogo de Lisboa, local de chegada da Volta a Portugal nas duas edições anteriores, dá lugar a um contrarrelógio por equipas, ausente há vários anos, que definirá o primeiro camisola amarela.

A primeira etapa, que servirá para testar o estado de forma, vai ligar o Bombarral a Aveiro, numa jornada plana, semelhante à do dia seguinte, em que Oliveira de Azeméis receberá a partida e Viana do Castelo a chegada, naquele que é o regresso da curta, mas exigente subida ao monte de Santa Luzia.

No destino da 75.ª edição, seguem-se a Trofa e Fafe, onde estará instalada a meta, antes de uma inédita partida de Arouca.

A cidade estreante deste ano é ponto de partida para o primeiro momento decisivo nas contas da geral, a sempre espetacular e concorrida subida à Senhora da Graça, estrategicamente colocada a um domingo para atrair mais público.

Antes do dia de descanso, e após um interregno de 39 anos, Lousada vai regressar, dando sinal de partida à quinta etapa, que terminará em Oliveira do Bairro.

Quando cruzarem a linha da meta, os corredores das 18 equipas presentes terão cumprido 919,3 dos 1607,2 quilómetros da Volta 2013.

Cumprido o descanso, o pelotão regressa a estrada para a sexta etapa, disputada no centro do país, entre a Sertã e Castelo Branco.

Tal como em 2012, as Termas de Monfortinho voltam a acolher a partida de uma jornada reservada aos trepadores que, até Gouveia, vão percorrer alguns dos principais picos da Serra da Estrela, como as Penhas Douradas e Penhas da Saúde.

A Torre, o ponto mais alto de Portugal continental, surgirá apenas no dia seguinte, a 16 de agosto, quando o pelotão se fizer à estrada em Oliveira do Hospital para subir à Serra pelo lado de Seia.

O último momento de decisão da maior prova velocipédica nacional está reservado para a penúltima etapa, um contrarrelógio tortuoso e de constante sobe e desce entre o Sabugal e a Guarda.

Por fim, a 18 de agosto, Viseu volta a acolher o final da Volta a Portugal, num trajeto Viseu-Viseu, que inclui sete voltas a um circuito final antes da consagração do sucessor de David Blanco, o espanhol que, com cinco vitórias, se tornou no ano passado o recordista de triunfos na prova.