Delio Fernández considerou que a decisão da OFM-Quinta da Lixa de mandá-lo parar quando seguia na frente na Torre foi "a melhor", porque é Gustavo Veloso o mais bem posicionado para ganhar a Volta a Portugal em bicicleta.

"Eu trabalho para a equipa e mandarem-me parar era a melhor decisão. Pena que o Veloso tenha ficado sozinho", defendeu Delio Fernández que, a quatro quilómetros da meta, parou por ordem de Jesus Rosendo, quando seguia na roda do vencedor da sétima etapa, Rui Sousa (Rádio Popular-Onda), e era o virtual camisola amarela.

Mas para o espanhol não há polémica possível, porque "o importante é ganhar a amarela em Lisboa e para isso o Gustavo é superior".

Também para o camisola amarela a decisão é plenamente justificada: "A opção sempre fui eu, era eu o que melhor estava para disputar a Volta a Portugal e hoje foi essa a tática que seguimos".

De acordo com Veloso, Fernández acompanhou Sousa para tentar obrigar a concorrência a perseguir.

"Mas parece que eles não querem lutar por nada, nem por ganhar a corrida, nem pelo pódio. Como a fuga estava a ganhar muito tempo, o Delio veio ajudar-me", descreveu.

Já o diretor desportivo Jesus Rosendo afastou a polémica explicando que foi apenas uma estratégia e que tudo saiu como a equipa tinha planeado. "Todos os corredores fizeram um trabalho espetacular, não só o Delio. O certo é que o Delio está bem, mas a situação da corrida é esta", concluiu, taxativo.