A equipa dominicana Inteja-MMR ficou reduzida a três corredores na quinta etapa da 78.ª Volta a Portugal em bicicleta, mas ainda alimenta a esperança de vencer uma etapa.

“Não há muito a fazer coletivamente, mas estamos aí com o Robinson Chalapud, que é um grande trepador e já o demonstrou no Giro, mas estou a falar em lutar por uma etapa, para a classificação geral é impossível”, explicou o responsável técnico da equipa, o espanhol Domenec Carbonell.

O colombiano Robinson Chalapud, 29.º na geral, a 46.17 minutos do camisola amarela Rui Vinhas (W52-FC Porto), é um dos resistentes da formação caribenha, após seis etapas, juntamente com o espanhol Israel Nuño e o dominicano William Guzman, ambos a mais de duas horas e meia.

“As circunstâncias deixaram-nos assim. Já viemos com um a menos, porque um corredor ficou na República Dominicana. Na primeira etapa, o Juan José Cueto passou mal e chegou fora de controlo, na segunda foi normal e na terceira tivemos duas quedas, uma de Isaac Carbonell e outra de Robinson Chalapud. Ambos terminaram, mas o Isaac teve de desistir na quarta etapa”, explicou o responsável técnico da equipa, o espanhol Domenec Carbonell.

Registaram-se ainda as desistências de Aitor Escobar, na terceira etapa, e do a desistência do espanhol Fernando Grijalba, na quinta, reduzindo a dimensão da Inteja-MMR, visível até nas partidas, para onde a equipa se desloca em duas viaturas ligeiras, com as bicicletas no tejadilho.

A confiança num brilharete de Chalapud é minimizada pelo desmantelamento da equipa, mas reforçada pelas táticas dos conjuntos portugueses.

“Ele não tem apoio nenhum e temos de ir contra tudo para tentar aproveitar a luta eterna entre equipas portuguesas, que sempre foram assim. Desde a primeira vez que aqui estive, em 2004, lembro-me que as equipas portuguesas lutam até à morte pela vitória na Volta a Portugal”, recordou.

Mesmo assim, Domenec Carbonell avalia positivamente a experiência de aprendizagem da sua equipa.

“A República Dominicana queria uma equipa profissional, possivelmente vamos ter um terceiro ano consecutivo, tudo indica que sim, e está a crescer como equipa. Já há uma volta própria, mas é um ciclismo muito diferente e, por isso, a melhor forma de aprender é vir correr à Europa, que é o que estamos a fazer”, concluiu.