O diretor geral do 1º de Maio de Benguela, Jorge Faial, sugeriu esta terça-feira aos dirigentes da Federação Angolana de Futebol (FAF) a refletirem sobre a possível contratação do técnico Bernardino Pedroto, para o cargo de selecionador dos 'Palancas Negras', visto tratar-se de um profissional experiente, com cinco títulos no Girabola.

Jorge Faial, que reagia à Angop ao afastamento do uruguaio Gustavo Ferrín do comando técnico dos Palancas Negras, na última sexta-feira, admite que, depois de conquistar cinco títulos, o português deve estar ávido em treinar uma seleção.

Para ele, o atual treinador do Interclube de Luanda seria uma aposta segura e à altura de Angola, porque se trata de alguém que conhece bem a realidade do futebol nacional.

Segundo o interlocutor, a excepção de Oliveira Gonçalves, campeão africano de sub-20, muitos dos nomes de técnicos angolanos que estão em cima da mesa da FAF já passaram pelos Palancas e não obtiveram o sucesso desejado, daí discordar que mereçam a escolha para assumirem o cargo.

Igualmente reconhece que, independentemente de quem for indicado, é importante prestar-se atenção às camadas de formação, citando a seleção de Cabo Verde que evoluiu bastante, por estar a trabalhar nesta área para a contínua descoberta de novos talentos.

«Só com uma política orientada para o trabalho de formação de base é que poderemos contar até, pelo menos, às eliminatórias para o Mundial de 2018, com um combinado capaz de ombrear com qualquer seleção africana considerada forte», afirmou.

Aproveitou ainda a oportunidade para criticar a forma como tem sido feita a renovação da seleção principal, comentando que esse processo deveria ser feito com a inclusão de jogadores veteranos mais experientes que passem por bom momento na carreira. «Um ponta-de-lança pode ter 37 anos de idade, ou mais, desde que esteja em bom momento de forma», disse, lembrando o caso do camaronês Roger Milla que – aos 42 anos - foi convocado para o Campeonato do Mundo, em 1994.