O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luciano Gonçalves, foi reconduzido para o terceiro e último mandato com 100% dos votos apurados em todas as mesas na eleição de quinta-feira, revelou hoje o organismo.

Numa eleição com “um número recorde de votantes”, de acordo com a APAF, que não revelou os números, o antigo árbitro da AF Leiria recolheu a totalidade dos votos, sem registo de qualquer boletim em branco ou nulo, num ato que considerou “um voto de confiança” para liderar o organismo no quadriénio 2024-2028.

“Nestas eleições, os sócios da APAF deram um voto de confiança a uma equipa que sabe bem o que quer para o futuro da arbitragem”, disse Luciano Gonçalves, citado em comunicado da APAF.

A equipa a que preside inclui ainda Luís Godinho como presidente da mesa de assembleia geral, Gustavo Barros na liderança do Conselho Fiscal, Sílvia Domingos no Conselho Deontológico e Disciplinar, para além de Artur Soares Dias como líder do Conselho Consultivo.

“Construir, unir, avançar” é o lema da equipa liderada por Luciano Gonçalves, que pretende “humanizar, profissionalizar, formar, comunicar e aglutinar” a arbitragem portuguesa ao longo dos próximos quatro anos.

O presidente reconduzido destacou ainda a “subida significativa do número de votantes” em relação a eleições anteriores, o que se explica, também, porque “todos os distritos tiveram mesas de voto”, o que, no seu entendimento, prova a “abrangência e importância deste ato eleitoral para a vida da APAF”.

“Senti desde o início do período eleitoral um apoio enorme dos árbitros e dos núcleos. Pela primeira vez, todas as associações distritais e regionais estão representadas nos órgãos sociais, o que aumenta a responsabilidade”, considerou.

Eleito pela primeira vez em 2016, Luciano Gonçalves decidiu avançar para o último conjunto de quatro anos por considerar que "faz sentido" que a equipa que o tem acompanhado possa "iniciar e acabar o projeto que idealizou e pensou", explicou o antigo árbitro, no início do mês, à agência Lusa.

Nessa altura, definiu “a construção do centro de estágios” da arbitragem, “a questão do profissionalismo” e a “retenção” de árbitros como “os três principais pilares” da recandidatura.

O mandato para o qual foi agora eleito será o terceiro e último de Luciano Gonçalves na liderança da APAF, uma vez que os estatutos da associação estabelecem uma regra da limitação de mandatos.