O clube anunciou que denunciou hoje na Delegacia Regional de Investigações policiais o desaparecimento do técnico, que no ano passado levou o Atlético Goianense ao campeonato principal.

Cabo, de 50 anos, orientou no sábado a sua equipa no primeiro jogo da pré-temporada, e posteriormente esteve num convívio com amigos.

Ao regressar a casa em Goiânia, capital do estado de Goiás, no centro do Brasil, o técnico telefonou ao filho, por volta das 02.40 horas locais, para falar de assuntos de família, sendo apanhado pelas câmaras de segurança do edifício onde vive a sair novamente de casa.

“Saiu com o seu carro e desde então não temos mais informações. Estava sozinho, segundo as imagens do circuito de segurança. Acreditamos que foi a um lugar próximo, porque deixou o telefone a carregar e a sua carteira em casa”, detalhou o coronel da Polícia Militarizada e conselheiro do clube, Wellington de Urzêda.

O responsável policial assegurou que nenhuma hipótese está descartada e sublinhou que Cabo leva uma vida tranquila.

“É uma pessoa de hábitos. Ou estava no Atlético Goianense, ou na igreja ou no seu apartamento. A sua vida é de uma rotina muito correta e, por isso, estranhamos muito o que está a acontecer. Não usa drogas nem tem uma vida dupla. Esperamos que não tenha acontecido nada de mal”, completou o coronel Urzêda.

Natural do Rio de Janeiro, Cabo começou a sua carreira como treinador em 2004 no modesto Bangú. Posteriormente, foi adjunto de Marcos Paquetá na seleção de Arábia Saudita e do ex-internacional Jorginho no Figueirense, assim como ‘olheiro’ da seleção brasileira durante a primeira etapa no banco de Dunga.

Depois de treinar o Al-Nasr e o Al-Arabi, no Kuwait, voltou ao Brasil, onde iniciou uma trajetória por várias equipas modestas até assinar pelo Atlético Goianiense, em maio de 2016.

Com o ‘Dragão’, proclamou-se campeão da Serie B do Brasil a três jornadas do final, com 22 vitórias, dez empates e seis derrotas, conquistando o título de maior importância na história do clube.