A decisão da assembleia-geral da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) de adiar as eleições para 2015 está a gerar controvérsia no meio futebolístico, com três pré-candidatos no terreno para a eleição anteriormente programada para o corrente semestre. 

O presidente da assembleia-geral da FCF, Carlos Santos, justifica o adiamento com a decisão saída da assembleia-geral extraordinária realizada sábado, 14, na Cidade da Praia, como um «dado novo» à luz do artigo 18º do estatuto federativo, segundo o qual as eleições só devem ser realizadas no primeiro trimestre após a realização do Mundial de Futebol. 

O pré-candidato Paulo Veiga reclama, alegando que tinha alertado o presidente da FCF, Mário Semedo, para este artigo e que recebera garantias que as eleições seriam realizadas para poder avançar com a sua candidatura. 

Veiga assegura que só avançou com a sua candidatura depois de Mário Semedo ter manifestado a sua indisponibilidade e foi crítico em ressalvar que os estatutos estão aprovados e em vigor desde 1 de Setembro de 2007, pelo que, sendo assim, considera que Mário Semedo estava em violação do artigo 18º. 

Isto porque, justifica, em 2009 houve eleição na FCF, quando a seu ver deveria ser em 2011, uma vez que a última Copa do Mundo realizou-se na África do Sul em 2010. 

Mas o presidente da mesa da assembleia-geral da FCF, Carlos Santos, recusa a ideia de que a sua equipa falhou neste processo, e contrapõe com o argumento de que ainda não tinham marcado uma data para a realização das eleições. 

Desde que Mário Semedo anunciara a sua indisponibilidade para concorrer a mais um mandato à sua própria sucessão surgiram três candidaturas assumidas: do presidente da Associação Regional de Futebol de Santiago Sul, Mário Avelino, do advogado e membro do Conselho de Justiça da FCF, Victor Osório, e do empresário e ex-vice presidente do Sporting Clube da Praia, Paulo Almeida.