O treinador da seleção da Boa Vista, Geral Pinto, disse esta noite, após o primeiro treino com bola da equipa, que vai representar a ilha no Inter-ilhas, que iniciou os treinos sem as mínimas condições de trabalho.

“Djeras”, como é conhecido Geral Pinto no mundo futebolístico, disse à Inforpress que iniciou os treinos sob a sua inteira responsabilidade visto que, a Associação Regional de Futebol da Boa Vista (ARFBV) «não tem nenhum material de trabalho», o que classificou de «triste».

Segundo explicou, a seleção não tem se quer coletes e cones para os treinos e o material existente foi ele próprio que providenciou, sendo que os demais equipamentos até então utilizados nos treinos, são da propriedade do Sal-Rei, equipa que orientou no regional.

No entanto, o técnico mostrou-se optimista com o desempenho até agora verificado no «pouco» trabalho que ainda se fez e espera que o equipamento prometido pela câmara municipal, já para a próxima semana, ajude a preparar a equipa para o campeonato Inter-ilhas, disputado entre 26 de Julho e 04 de Agosto, no Fogo.

Djeras diz estar a trabalhar, bem como toda a equipa, por «amor há terra», porque se tiver de esperar até se reunirem todas as condições ideais de trabalho, «não será preciso participar» no torneio.

Conforme explicou o técnico, o trabalho com os 27 jogadores pré-selecionados passa também pelo lado mais pedagógico, como a disciplina com os horários, para que, segundo espera, numa semana, se possa ter detalhes sobre a seleção escolhida.

Djeras adiantou ainda à Inforpress que a associação ainda não organizou o transporte dos atletas que se deslocam dos outros povoados da ilha, “dificultando ainda mais a tarefa”, concluiu.

A equipa da Boa Vista é, neste momento, formada por: dois jogadores do Juventude; dois do Desportivo; um do África Show; um do Sporting; nove do Sal-Rei; quatro do Onze Estrelas e nove da Académica. O

Sanjoanense foi a única das oito equipas que não contribuiu para a seleção da ilha.

Quanto à qualidade dos jogadores da ilha, e consequentemente dos integrantes da pré-seleção, Djeras não hesita em afirmar que «têm muita qualidade», estando porém a faltar uma «maior pujança física», cenário que espera mudar nas próximas três semanas de trabalho que faltam.