O jovem futebolista do Tarrafal Flávio Lopes, ponta-de-lança formado na Escola de futebol de Chão Bom, já é referenciado como a grande coqueluche do município, pelo que almeja atingir a primeira linha do futebol internacional.

O atleta, de 20 anos, representou a equipa do Beira-Mar, no Regional de Santiago Norte, onde deu nas vistas como um dos futebolistas de eleição da prova, dada a forma como ataca a bola para driblar os adversários e bater os guarda-redes com o seu faro de goleador.

Ambicioso, o jovem, que tem como um dos seus ídolos, o internacional cabo-verdiano Figo, também nascido e criado no Tarrafal e, actualmente, a jogar em Angola, disse que sonha representar o futebol cabo-verdiano na alta rota internacional, ressalvando quer fazer da modalidade a sua paixão, de forma a tirar proveito do seu “dom para a bola”.

Flávio promete, para concretizar o seu sonho, “continuar a trabalhar com toda a dedicação e empenho”, pois considera que tem muito para dar ao futebol.

O futebolista exorta, entretanto, as autoridades desportivas e municipais a dotarem o concelho de técnicos especializados em matéria de futebol, para que Tarrafal possa singrar-se nas competições nacionais.

Reconhece que Chão Bom dispõe de infra-estruturas básicas como o Estádio Municipal e o polivalente, mas considera que já é tempo desta localidade, a segunda do município, logo atrás da cidade do Tarrafal, passar a contar com um polidesportivo para despertar, cada vez mais, a atenção dos jovens.

Apesar da sua jovialidade, Flávio já se mostra crítico pela forma como o campeonato de Santiago Sul foi conduzido na última temporada, ainda que reconheça a supremacia dos campeões em título do Grémio Desportivo Nhagar, alegando que a equipa de Santa Catarina foi um justo campeão e que soube dignificar o futebol de Santiago Norte.

Flávio disse que joga futebol desde os seus sete anos e que tem como grande recordação o troféu do “melhor jogador” dos Jogos Escolares de todo o interior de Santiago, quando contava apenas 12 anos.