O novo presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) vai ser eleito no sábado, num sufrágio com dois candidatos que pretendem substituir Mário Semedo, no cargo há mais de 15 anos, e que não se recandidatou.

Os dois candidatos são o jurista Vítor Osório, vice-presidente do conselho de justiça da FCF e membro desse órgão na Confederação Africana de Futebol (CAF), e o atual presidente da Associação Regional de Futebol de Santiago Sul, Mário Avelino.

A eleição acontece no sábado após a assembleia-geral da FCF e, para a eleição do presidente, os votos serão dos presidentes das 11 associações regionais de futebol existentes no país: Santo Antão Norte, Santo Antão Sul, São Vicente, São Nicolau, Sal, Boavista, Maio, Santiago Norte, Santiago Sul, Fogo e Brava.

Durante a apresentação da candidatura, Mário Avelino elegeu hoje como objetivos a reorganização do futebol, com destaque para o reforço das competições internas, pretendendo trabalhar em parceria com o Governo, as empresas públicas e privadas e as estruturas desportivas internacionais na procura de meios financeiros para realizar os projetos traçados.

"Sabemos que na atual conjuntura é difícil conseguir apoios, mas é preciso criatividade. O apoio do Governo, através dos contratos-programa, e de outros que se pode ter é pouco. Por isso, temos que sair fora e procurar apoios em organismos como a CAF e a FIFA", mostrou.

Defendendo o reforço das associações regionais de futebol, o também presidente da Associação Regional de Futebol de Santiago Sul (ARFSS) e antigo dirigente da associação do Tarrafal de Santiago, promete "humildade" para manter contacto com outras federações que têm mais condições financeiras.

Por sua vez, Vitor Osório traça como principal objetivo ver a seleção qualificar-se para a Taça das Nações Africanas (CAN2017), que se realiza no Gabão, o que seria a terceira presença dos ‘tubarões azuis’, depois de África do Sul (2013) e Guiné Equatorial (2015).

Além de complementar e potenciar o que já foi feito até aqui, sobretudo por Mário Semedo, o jurista pretende imprimir maior organização ao organismo que rege o futebol cabo-verdiano, captar mais recursos, apostar na formação, internacionalizar o futebol, apostar no futebol feminino, futsal e futebol de praia e levar a arbitragem cabo-verdiana aos palcos internacionais.

A nível interno, Vítor Osório, também antigo secretário de Estado dos Desportos, pretende alargar os quadros competitivos e fazer com que haja uma adequação dos calendários nacionais aos internacionais, para que o jogador cabo-verdiano possa ter opção em termos profissionais de seguir carreira no mercado internacional.