A Direção-geral dos Desportos (DGD) apresenta este sábado, em Lisboa (Portugal), o programa “Prospeção e deteção de talentos desportivos na diáspora” visando a criação de instrumentos, mecanismos de recolha, análise e produção de informação dos mesmos.

A apresentação ocorre no salão nobre da Câmara Municipal de Amadora (Lisboa) e, para além do director-geral dos Desportos e da ministra da tutela, Fernanda Marques, devem participar no ato o Comité Olímpico Cabo-verdiano, o atleta Márcio Fernandes, recentemente medalha de Ouro em Doha (Qatar), e os ex-futebolistas Cau, Vinha e Lito, entre outros.

Em declarações à Inforpress, o diretor-geral dos Desportos, Gerson Melo, explicou que se torna necessário “conhecer e monitorizar” os talentos desportivos na diáspora e, assim, criar uma base de dados e acompanhamento para “aumentar as possibilidades de recrutamento” das seleções nacionais.

As “razões fundamentais” para a sua criação prendem-se, segundo o diretor-geral dos Desportos, com o “desenvolvimento significativo” do desporto nacional, a democratização da prática desportiva no país, o desenvolvimento das federações desportiva e as participações de clubes e seleções nacionais em competições continentais e mundiais.

Pelas contas da DGD, baseadas nos números oficiais da diáspora cabo-verdiana, Portugal, nas regiões de Setúbal, Lisboa e Porto, acolhe 146.150 cabo-verdianos, Holanda 37.500 (Roterdão), França 30.000 (Paris e Marselha), EUA 300.000 (Boston, Providence, New Bedford, Brockton e Pawtucket), Luxemburgo 3.628 (na cidade de Ettelbruck), Itália 4.688 (Roma e Nápoles), Suíça 6.000 (Vaud, Valais, Friburgo, Basileia e Genebra), Angola - 35.000 (Luanda) e Senegal 22.500 só em Dakar.

O evento de sábado, em Lisboa, pretende ainda, segundo a mesma fonte, operacionalizar a ligação com a diáspora, visando a “promoção e o incremento” dos talentos emergentes na emigração.

“Vamos aproveitar para dar a conhecer a proposta de uma estratégia para o desporto cabo-verdiano para os próximos anos, tendo em vista os Jogos Olímpicos de 2024”, concretizou Gerson Melo.

O programa “Prospeção e deteção de talentos desportivos na diáspora”, que tem a denominação JAD (Jovens Atletas da Diáspora), terá uma plataforma informática própria, na Internet, com “contacto e ligação permanente” com os observadores/parceiros para a identificação do jovem talento e “disponibilização imediata” dessas informações às federações e comités nacionais.

“O que vamos fazer é o lançamento mundial do programa que, a partir do dia 07, estará disponível numa plataforma web em todos os cantos do planeta“, lançou Gerson Melo à Inforpress.

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