O capitão da seleção de Cabo Verde de futebol, Marco Soares, disse hoje no final do trunfo de Cabo Verde sobre o Quénia (2-0) que “esta foi uma vitória da revolta” e exige “mais respeito aos jogadores”.

Em conferência de imprensa no término da partida da segunda mão da segunda eliminatória que ditou o apuramento de Cabo Verde para a fase de grupos de qualificação africana para o Mundial’2018 na Rússia, Marco Soares recusou responder qualquer outra pergunta dos jornalistas.

De resto, disse nessa sua intervenção inicial que a equipa crioula soube dar a volta ao resultado para poder conquistar o seu espaço na luta para o Mundial.

Enquanto isto, contrariamente ao habitual, o selecionador nacional Rui Águas não se fez representar na sala de imprensa, tendo sido substituído pelo seu adjunto que, à insistência dos jornalistas sobre o alegado “mal-estar no balneário”, afirma tratar-se de “um assunto interno e que será tratado no foro próprio”.

Já o presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol, Victor Osório, quanto instado se Rui Águas terá mesmo despedido dos jogadores, disse que “o selecionador está muito cansado” e revoltou-se com os jornalistas, alegando que se “está à procura de criar factos que não existem”.

“Não existem nada no seio da Federação, nem com os jogadores, nem com a equipa técnica. Espero que no momento da felicidade não venha com perguntas negativas como o que fez, para destruir a alegria que Cabo Verde dentro e fora do país está a viver com esta vitória”, sublinhou.

Em relação ao jogo disse que Cabo Verde cumpriu uma etapa muito importante, marcada por um jogo “difícil fora”, mas que a seleção crioula conseguiu retificar “o jogo menos conseguido fora e feito em altitude”.

Cabo Verde qualificou-se na noite de hoje para a fase de grupo africanos para o Mundial’2018, ao vencer a sua congénere do Quénia por 2-0, dando volta assim ao resultado negativo de 1-0 trazido em Nairobi do jogo da primeira mão realizado há quatro dias.