O edil maiense, Manuel Ribeiro, garante que a conclusão do atual estádio municipal depende da venda do terreno do antigo estádio, que há muito tempo está à espera que apareça investidor que o queira adquirir.

Construído há cerca de 8 anos, o estádio municipal do Maio ainda não possui a sua bancada central e balneário para os jogadores, uma situação muito criticada pelas equipas das outras ilhas que se deslocam à ilha para defrontarem o campeão regional no campeonato cabo-verdiano, bem como pela maioria do público maiense que se desloca semanalmente ao estádio para assistir aos jogos.

Embora muitos dirigentes e desportistas tenham defendido que se devia aproveitar as estruturas do antigo estádio municipal e transforma-lo num centro de estágio e de formação de futebol, tendo em conta o valor histórico que aquele campo representa para o futebol na ilha, a Câmara Municipal está determinada em vender este terreno para concluir o atual estádio.

Segundo Manuel Ribeiro, a autarquia maiense tem delineado no seu plano de desenvolvimento urbanístico (PDU), a construção de uma cidade desportiva perto da localidade de Morro, pelo que a opção de transformar o antigo estádio municipal num centro de estágio e de formação está fora de questão.

“Aceitamos as críticas, mas enquanto não vendermos o espaço antigo do estádio, não vamos poder concluir a bancada central do atual estádio, embora muitas pessoas digam que era possível faze-lo mais pequeno, mas existe uma realidade, nós como políticos começamos esta infraestrutura e como sabemos o processo de desenvolvimento é contínuo; outros autarcas que vierem terão a possibilidade de o concluir e quiçá construir outros campos de treino”, sublinhou.

Conforme avançou o edil maiense, o atual estádio municipal, que até este momento custou à autarquia maiense cerca de 60 mil contos, possui todos os requisitos exigidos pela FIFA, incluindo a pista para atletismo, mas para uma câmara que tem cerca de 263 mil contos por ano, em que o mesmo montante é destinado à água, ao saneamento, à formação e ao desporto, “não foi possível fazer mais do que isso”.

“Nos últimos tempos também sentimo-nos obrigados em investir mais de 172 mil contos no edifício dos Paços do Concelho e infelizmente nos últimos tempos anualmente a receita municipal tem vindo a diminuir entre 5 a 8 por cento, pelo que a autarquia tem priorizado os sectores da água e saneamento”, frisou.

De acordo com o protocolo assinado recentemente entre a Câmara Municipal e a associação regional de futebol do Maio, a gestão do estádio fica a cargo da ARFM e a edilidade compromete-se em garantir o transporte das equipas do interior, tanto da primeira como segunda divisão para participarem na época desportiva 2015/16.