O presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol enumera a “reforma institucional”, marcada pelo novo modelo do Campeonato Nacional, formação para treinadores de Licença C em curso, a reformatação na arbitragem e o novo relacionamento com a diáspora como ganhos dos seus dois anos de gestão.

Ao fazer o balanço do meio percurso, completado a 17 do corrente, Victor Osório considera que a sua equipa de gestão tem vindo a implementar várias alterações, consoante o plano estratégico, tendo já apontado como grande novidade a alteração do nacional que passa a ser disputado em três grupos de quatro equipas cada, com jogos todos contra todos dentro e fora.

A organização do Nacional 2016/17está avaliada em 24 mil contos, pelo que a FCF conta com a disponibilidade da FIFA como maior parceiro, quando, atesta, a federação tem um contrato-programa de 15 mil contos por ano.

Victor Osório adiantou que a sua direção tem estado a apresentar projetos à FIFA que têm sido financiados, o que permite a federação desenvolver as atividades, como os jogos da seleção, de forma a cumprir as suas pretensões em “fazer um futebol com qualidade”.

O dirigente federativo afiança que a FCF está numa nova fase, empenhada em dotar a seleção nacional de novos jogadores, no âmbito de um trabalho de pesquisa de “scouting” por parte do selecionador que tem estado a alargar a sua base de trabalho.

Considera que o panorama de futebol tem estado a ser mudado por completo para o desenvolvimento da modalidade no país, tendo anunciado que no âmbito da Zona A e B da CAF, a FCF integra um grupo de países que assinou um contrato com a empresa de televisão americana FOX, com os árbitros cabo-verdianos a dirigirem um jogo da final disputada recentemente.

Victor Osório anunciou para breve a realização de um torneio internacional de futebol, envolvendo a seleção A no Gana, no qual Cabo Verde já tem a sua presença assegurada, sendo que este torneio vai ser disputado anualmente, mediante a sua rodagem nos vários países destas zonas, com o financiamento da FOX.

Para além da participação da seleção principal sénior masculina, explica, cada país poderá apresentar a sua candidatura para acolher torneios nos escalões de formação e futebol feminino, pelo que considera tratar-se de uma grande oportunidade para o país que tem dificuldade de competir fora do quadro dos jogos oficiais da FIFA, por causa das questões financeiras.

O presidente da FCF revelou, igualmente, que a FOX está interessada em vir a Cabo Verde para se inteirar das competições internas, numa eventualidade de se interessar pelas imagens dos jogos disputados no país.

Anunciou, por outro lado, que a FCF está a estudar a probabilidade de Cabo Verde candidatar-se a organização do “CAN Beach Soccer’2018”, cujo processo já se encontra aberto aos países interessados, pelo que Victor Osório afirmou ter já contado com o apoio institucional e financeiro do Governo.

Neste momento, atesta, está-se a trabalhar no caderno de encargos e na eventualidade de se avançar com esta candidatura, desde que o País terá ganhos em termos de turismo e notoriedade.

Quanto à competição a nível interno, avançou que departamento do “Beach Soccer” já está a trabalhar e que o Senegal, campeão d’África da modalidade, vai disponibilizar o seu selecionador nacional e o seu melhor árbitro internacional para trabalhar com a FCF na formação tanto dos jogadores, como nos treinamentos e arbitragens nas zonas Norte e Sul do País.

Considera que a seleção de “Beach Soccer” já tem a sua base e que doravante quer que o futebol praticado nas praias evolua para o futebol de praia, face às regras específicas e tirar o maior proveito disto.