O porta-voz do Clube Desportivo Benfica de Santa Cruz demonstrou esta sexta-feira o seu descontentamento perante aquilo que considera ser o encobrimento da verdade desportiva por parte do Conselho de Justiça da Federação Cabo-verdiana de Futebol.

Em conferência de imprensa, António Pinto começou por criticar o facto do atual vereador da Cultura na Câmara Municipal do Tarrafal, Daniel David Soares, ter elaborado o primeiro processo do Benfica de Santa Cruz, de forma “viciado”, produzindo depois o processo de AJAC, para contrariar o primeiro processo, com “grande mestria”.

O porta-voz do Benfica denunciou ainda que o presidente da Câmara Municipal de São Miguel, Herménio Fernandes, usou da sua influência nessa “jogada politica”.

“Em Cabo Verde, deve-se passar imediatamente a julgar os crimes de tráfico de influência. Relembro-vos que a verdade desportiva é incompatível com joguetes dos partidos políticos”, denunciou.

Para António Pinto, o Conselho de Justiça da Federação Cabo-verdiana de Futebol(CJ-FCF) colocou toda a sua credibilidade em causa, não sendo imparcial na sua tomada de decisões.

Segundo disse, apesar do CJ da FCF ter reconhecido que Benfica de Santa Cruz tinha razão nos seus protestos, por causa da utilização irregular do jogador de AJAC, Marco Aurélio Sanches, este resolveu dar razão a AJAC de Calheta, por causa de um erro na condução do processo da Associação Regional de Futebol de Santiago Norte.

“Consideramos que o CJ da FCF agiu também de má-fé e já tinha a resposta feita em mão, para entregar o título de campeão a AJAC, aquando da entrega de recurso por parte do Benfica de Santa Cruz”, disse.

António Pinto questionou se é o Benfica de Santa Cruz que deve pagar pelo erro cometido pelo CJ da ARFSN, pois, sublinhou, para além de saírem prejudicados ainda têm de pagar 20 mil escudos do custo do processo feito pelo AJAC ao CJ da FCF.

Para este dirigente, o CJ da FCF deveria ter mandado o CJ da ARFSN reinstaurar um novo processo, antes de decidir qualquer coisa, uma vez que, segundo disse, ainda estavam dentro do prazo.

“Com este caso, introduziu-se um novo vírus no futebol cabo-verdiano. Injustiça, subornos, corrupção e viciação de resultados já se tornaram uma prática. E o CJ da FCF não tem credibilidade. Apelamos para a necessidade de se fazer investigação por parte das autoridades, para o bem do desporto cabo-verdiano”, sublinhou.

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