O médico Humberto Évora destacou hoje a implementação da medicina desportiva no País como sendo determinante para traçar um “esqueleto” para se conseguir organizar um serviço de medicina desportiva funcional para os atletas cabo-verdianos.

Humberto Évora disse igualmente que é preciso encontrar uma estrutura que seja eficaz e não construir as coisas com navegação à vista, em declarações à imprensa, na manhã de hoje, no âmbito do “workshop sobre a medicina desportiva, organizado pelo Comité Olímpico Cabo-verdiano em parceria com a Direção Geral dos Desportos, no pavilhão desportivo Váva Duarte.

O clínico residente em Macau entende que é preciso traçar objetivos e dentro desses propósitos traçar esquemas de funcionamento sempre com a colaboração de todas as entidades envolvidas no desporto.

Destacou principalmente a importância do envolvimento da parte médica, pois, sendo “uma especialidade médica têm de ter a parceria da Direcção-Geral de Saúde que terá um papel fundamental principalmente quando se trata da morte súbita e outros problemas ligados ao desporto”.

Segundo Humberto Évora, os elementos debatidos neste evento são aqueles que constituem os objetivos centrais na medicina desportiva como os exames médicos desportivos, apoio à organização de eventos desportivos sejam nacionais ou internacionais e também a prevenção das lesões adquiridas no desporto.

Perante este cenário, o diretor-geral dos Desportos, Anildo Santos, relembrou o caso do atleta do Tarrafal (ilha de Santiago), Wilson Júnior Tavares, que perdeu a vida durante uma partida de futebol, mas considera que há outros casos que às vezes são causados devido à “má prática” desportiva que vem aliado a outras práticas não apropriadas ao desporto.

Para além destas causas, aponta para as lesões crónicas que não são detetadas no momento certo, e avançou mesmo que vai ser debatido com os ex-atletas que passaram por essas situações para, acima de tudo, criar um aporte para os agentes desportivos jogarem na antecipação e prevenção dessas lesões.

Depois da Cidade da Praia, a ilha do Fogo recebe o evento no dia 21, na cidade de São Filipe, sede da Cruz Vermelha, estando o dia 24 reservado à ilha de São Vicente no Centro de estágio e termina a 27 na ilha do Sal no espaço desportivo do Académico do Aeroporto do Sal.