O Boavista anunciou que vai «recorrer novamente para o Tribunal da Relação» da decisão da 4.ª Vara Criminal do Porto de manter a condenação de João Loureiro a dois anos de prisão, com pena suspensa de por cinco anos.

A condenação inicial tem dois anos e João Loureiro, que no mês passado reassumiu a presidência do clube portuense, recorreu dela para a Relação.

O dirigente e outros dois antigos administradores da SAD boavisteira foram julgados por fraude e abuso de confiança fiscal, cometidos quando desempenharam funções no Boavista, estando em causa atos praticados entre 2001 e 2004.O processo voltou à 4.ª Vara Criminal e a juíza Maria José Matos, que os havia julgado da primeira vez, manteve a sua decisão, negando a existência de quaisquer ilegalidades.

Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a SAD do Boavista refere que «o acórdão hoje lido na 4.ª Vara Criminal do Porto apenas praticamente reproduz um outro, de há cerca de dois anos, no mesmo processo, declarado nulo pelo Tribunal da Relação do Porto».

«Não constitui, como tal, nada de novo, indo esta SAD recorrer novamente para o Tribunal da Relação», informa o Boavista, recordando estar «em causa um eventual débito reclamado pela DGI» (Direção Geral dos Impostos).

O comunicado acrescenta que o «pagamento» desse débito «foi integralmente (ou seja, inclui todas as eventuais dívidas constantes do processo em causa, sem exceção) acordado entre esta SAD e as finanças DGI através da celebração de um acordo PEC (Procedimento Extrajudicial de Conciliação), nos termos legais».

«Cumpriu a Administração então em funções integralmente com as prestações acordadas, num valor mensal de cerca de 100 mil euros, totalizando, até à sua saída, cerca de 1.800.000 euros, como aliás reconhecido no próprio acórdão», reforça o Boavista.

O comunicado, de seis pontos, acrescenta que, «para além disso, foram dadas na altura garantias integrais de pagamento, como também reconhecido no dito Acórdão».

«Como tal, é completamente injusta, por esses e outros motivos, a condenação havida», consideram os dirigentes "axadrezados", convictos de que «o Tribunal superior corrigirá tal injustiça».