Pedro Correia, “braço direito” de Martin Kallen, diretor executivo do Euro2012 em futebol, admite que a procura de bilhetes em Portugal «está um pouco aquém do esperado», mas acredita que os pedidos aumentem até final de fevereiro.

A UEFA canalizou 18 mil bilhetes para a primeira fase de Portugal, que integra o Grupo B com Holanda, Alemanha e Dinamarca, e até ao momento estão encomendados cerca de 20 por cento.

«No geral, o processo está a correr bem, com bastante procura. Para Portugal, estamos um pouco aquém do esperado comparativamente a outros países», admitiu o responsável português à agência Lusa.

O período de reservas de bilhetes terminará a 29 de fevereiro, altura em que Pedro Correia, executivo da UEFA desde 2004, espera que o volume de solicitações em Portugal aumente significativamente.

«A nossa expetativa era, obviamente, que houvesse mais pedidos, mas as vendas também só começaram a 12 de dezembro», recordou Pedro Correia.

O “número dois” da organização do Euro2012, que se disputa na Polónia e Ucrânia, explica que as eventuais sobrar do pacote de 18 mil ingressos «serão dirigidas aos adeptos das seleções adversárias de Portugal».

No âmbito exclusivamente desportivo, e apesar de ter de optar profissionalmente por uma «posição neutral», Pedro Correia acredita numa boa campanha portuguesa neste Europeu, apesar da qualidade dos adversários na primeira fase.

«O grupo de Portugal é o mais difícil, mas temos exemplos de participações em que a seleção portuguesa se comporta melhor com adversários mais complicados. Nesse cenário, pode transcender-se», antecipou Pedro Correia.

Um dos responsáveis pelo planeamento e orçamento na organização do Euro2004, cuja liderança foi também entregue pela UEFA a Martin Kallen, Pedro Correia “transferiu-se” para o organismo europeu depois de concluída a prova em Portugal, passando a responsabilizar-se por vários aspetos organizativos.

«Trabalho em muitas áreas, desde o planeamento, bilhética, serviços de admissão, protocolo de convites e acreditações. Mas este meu trabalho dirige-se quase exclusivamente ao Europeu», explicou.

Para Pedro Correia, que conta com a colaboração de alguns compatriotas, as funções que exerce neste momento acabam por ser um reconhecimento das «capacidades dos portugueses em termos de dedicação e qualidade de trabalho».

«Neste momento estou a viver na Polónia. Antes, vivia na Suíça e não ficamos atrás dos suíços ou de responsáveis de outras nacionalidades», avaliou.