A UEFA garantiu hoje que o programa de controlo antidopagem no Euro2016 é "muito mais avançado” comparado com torneios anteriores, durante a sessão de apresentação do programa no laboratório francês de antidopagem em Châtenay-Malabry, nos arredores de Paris.

"Comparado com os anteriores Euros, agora temos muito mais informação e coordenamos os testes com as agências nacionais. O nosso programa está muito mais avançado comparado com Euros anteriores. Isto graças ao acordo assinado com as agências nacionais", disse Marc Vouillamoz, responsável pela área médica e antidopagem da UEFA.

Marc Vouillamoz explicou que durante o Euro2016, "todos os 51 jogos vão ser alvo de controlo e pelo menos dois jogadores de cada equipa vão ter de fornecer urina e sangue", acrescentando que o teste pode ser feito "entre os jogos, nos treinos ou no hotel" e que "há 20 laboratórios para controlar o doping".

O responsável pela área médica e antidopagem da UEFA acrescentou que "todas as amostras recolhidas durante e antes do Euro vão ser armazenadas para ser testadas no caso de suspeita" ou se forem criados métodos mais eficazes de análise.

Adeline Moline, responsável da qualidade do laboratório francês de antidopagem, indicou que "os resultados vão estar disponíveis 24 horas depois para a urina e quatro ou cinco horas depois para o sangue".

Marc Vouillamoz indicou que os controlos começaram em janeiro de 2015, com a participação das seleções participantes no Euro2016 e de 23 agências nacionais antidopagem, precisando que todos os jogadores das 24 seleções foram incluídos, ou seja, "inicialmente foram 700 jogadores, agora são 522 [23 por equipa]".

O responsável disse que "algumas equipas foram testadas duas ou três vezes comparadas com outras", sem indicar quais, mas admitiu "estar a par do que aconteceu na Rússia e que a seleção russa está a merecer uma atenção especial".

Vouillamoz informou que foram reunidas "um total de 1278 amostras antes da fase final do Euro, 258 em março e 1020 entre maio e junho", explicando que "os jogadores foram controlados quando estavam nas seleções nacionais, mas também quando competiam nos campeonatos nacionais".

Marc Vouillamoz indicou ainda que o programa de controlo antidopagem para o Euro2016 vai custar um milhão de euros.

O responsável afirmou ainda que, este ano, dois jogadores foram controlados positivos, "um é do Dínamo Zagreb e um jogador francês [Mamadou Sakho]", cuja suspensão provisória de 30 dias terminou a 29 de maio e que agora se aguarda pela decisão de uma comissão disciplinar.

De acordo com a Agência Francesa Antidopagem, em 2015, o futebol foi a terceira modalidade desportiva com mais resultados anormais detetados nos testes antidopagem (9,6%), numa lista dominada pelo atletismo (19,5%) e pelo ciclismo (16,3%).

Na lista dos dez desportos que mais foram submetidos a testes no ano passado, o futebol surge em quarto lugar (9,58%), antecedido pelo atletismo (19,8%), ciclismo (19,5%) e rugby (10,9%).

Em termos de substâncias detetadas, 32,5 % eram agentes anabólicos, 21,2% glucocorticosteróides e 15,7% agentes diuréticos e mascarantes.

O Europeu de futebol decorrerá em França de 10 de junho a 10 de julho, numa competição em que Portugal integra o grupo F, juntamente com a Islândia, Áustria e Hungria.

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