A 10 de junho de 1968, Itália e Jugoslávia disputavam pela primeira vez uma finalíssima de um Campeonato da Europa. Em Roma, e numa altura em que não havia decisões através da marcação de grandes penalidades, a final do Europeu de 1968 teve de ser resolvida com dois jogos separados por dois dias.

A 8 de junho, Jugoslávia e Itália entravam no Estádio Olímpico de Roma desfalcadas dos seus habituais números 10. Do lado italiano, Lodetti substituía Rivera enquanto que do lado jugoslavo a tarefa de substituir Ivica Osim recaía sobre Acimovic.

Aos 39 minutos de jogo, a Jugoslávia abria o activo por intermédio de Dzajic que aproveitando uma saída de Dino Zoff fez o 1-0 perante 69 mil espectadores. No entanto, a 10 minutos do apito final, um livre direto de Domenghini conseguiu furar a barreira jugoslava e repor a igualdade no marcador que se manteria assim ao fim de 120 minutos de jogo.

Dois dias depois, e com a equipa bastante refrescada com a entrada de cinco jogadores, a Itália acabou por impor a sua superioridade e vencer a Jugoslávia por 2-0. O golo inaugural foi apontado por Riva, que num disparo de De Sisti conseguiu aproveitar o ressalto para enganar Pantelic e fazer o 1-0. Já o último golo da única finalíssima de um campeonato da Europa coube a Pietro Anastasi, que num soberbo gesto técnico assinou um dos melhores golos de sempre em finais de Campeonatos de Europa.

A Itália conquistava assim o seu primeiro e único campeonato da Europa depois de garantir o apuramento para a final com a eliminação da União Soviética, por decisão de moeda ao ar na cabina do árbitro após um nulo no marcador em Nápoles, mas isso já é outra história.