A seleção portuguesa feminina de futebol necessita de uma exibição «quase perfeita» para vencer a Holanda, no sábado, em jogo do Grupo 5 de qualificação para o Mundial2015, disse hoje à agência Lusa a treinadora Marisa Gomes.

«O jogo de sábado é especial, porque competitivamente é muito exigente. Mas, isso tem algumas vantagens, uma vez que temos de estar sempre atentos e também nos permite não ter de trabalhar os aspetos motivacionais, porque esses existem por natureza», afirmou a adjunta de António Violante.

De acordo com Marisa Gomes, «a capacidade de superação e a dificuldade extrema destes jogos faz também» com que a equipa tenha que ser quase perfeita «em todos os momentos», sendo esse «um desafio muito grande» que a equipa vai «tentar alcançar».

A seleção portuguesa volta a jogar precisamente um mês depois de se ter estreado na qualificação com uma goleada na Grécia, por 5-1, no mesmo dia em que a Holanda vencer por 4-0 na Albânia. O embate está marcado para sábado, às 16:00, na Maia, e antecede a visita à Bélgica, na quarta-feira.

«Esperamos uma atitude muito competitiva, uma superação e com capacidade para surpreender o adversário. Tendo em conta que tanto a Holanda como a Bélgica vão encarar os jogos para ganhar, nós vamos estudar os pontos mais fortes e mais débeis para conseguir um bom resultado», afirmou à Lusa Marisa Gomes.

Portugal lidera a “poule” com três pontos, os mesmos que somam Holanda, Noruega e Bélgica (com dois jogos disputados), enquanto Grécia e Albânia ainda não pontuaram.

Apesar de o favoritismo estar com as norueguesas, finalistas no Euro2013, a treinadora promete lugar pelo primeiro lugar ou por um dos quatro melhores segundos dos sete agrupamentos, que dão acesso ao Mundial do Canadá.

«É sempre possível, enquanto tivermos a possibilidade de o disputar. Até aí, vamos sempre à luta. Se acontecer algo que nos impeça de disputar, teremos de gerir expectativas e orientar objetivos, mas enquanto tivermos condições de o fazer, vamos fazê-lo até ao último segundo», frisou Marisa Gomes.

Sem falar em renovação, por ser «um processo natural», a treinadora admitiu que algumas jogadoras mais jovens estão a ganhar espaço na equipa das “quinas”, porque «têm valor e merecem estar» na seleção principal, conferindo-lhe também «experiência competitiva».